quinta-feira, 30 de maio de 2013

NÃO VOU SAIR DA MAÇONARIA

Por que saí da Maçonaria ?

COLABORAÇÃO DO IRMÃO DOMICIO FERREIRA NEVES 
1º. VIGILANTE DA LOJA MAÇÔNICA ALPHA E ÔMEGA


Saí da Maçonaria porque era curioso em saber o que se passava lá dentro, quando eu estava fora, e depois de iniciado vi que não tinha graça nenhuma,
Saí da Maçonaria porque muitas vezes via os Irmãos com mais tempo de Ordem do que eu se auto vangloriar por que tinham mais tempo de casa,
Saí da Maçonaria porque me Irritava ver Irmãos chegando atrasado na Sessão,
Saí da Maçonaria porque via Irmãos disputando qual rito era mais bonito e importante,
Saí da Maçonaria porque via Irmãos reparando nos outros, que vinham para Sessão com o terno amassado, sapato sujo ou de balandrau,
Saí da Maçonaria porque os Irmãos Faltam demais às Sessões,
Saí da Maçonaria porque via os Irmãos muito mais preocupados com o segundo tempo do que com a Sessão,
Saí da Maçonaria porque ela vive de passado, e não de presente e futuro,
Saí da Maçonaria porque a culpa de todas as falhas é do Grão Mestre, e do Venerável Mestre,
Saí da Maçonaria porque via muitas fofocas entre os Irmãos,
Saí da Maçonaria porque Irmãos vão a Sessão satisfazerem suas vontades, e nunca se oferecem a ajudar ninguém,

Pensando Bem:
Não vou sair da Maçonaria, porque a Ordem é iniciática e os passos seguintes devem ser dados por mim, e para ela não ficar sem graça eu também devo ser motivo de inspiração para meus Irmãos.

Não vou sair da Maçonaria porque eu também fui incrédulo quando me vangloriei por ter mais tempo que alguém na Ordem, e devo parar de ser orgulhoso.

Não vou sair da Maçonaria porque quando chego atrasado a Sessão quero que todos entendam o meu motivo, e por ignorante que sou, não sou capaz de entender o motivo do outro.

Não vou sair da Maçonaria porque percebi que ela é muito mais importante que seus ritos, e não existem ritos melhores ou piores.

Não vou sair da Maçonaria porque devo parar de reparar nos Irmãos que chegam de terno amassado, e devo ficar feliz por que mesmo de balandrau meu Irmão veio a Sessão.

Não vou sair da Maçonaria porque eu também falto as Sessões e muitos Irmãos me Ligam perguntando por que eu faltei. E eu alguma vez já fiz isso?

Não vou sair da Maçonaria porque tenho que parar de criticar meus Irmãos que estão ali mais preocupados como segundo tempo, pois eu também participo e devo recusar os convites já que acho que tão errado nos outros, e mesmo que eu não vá, jamais criticá-los.

Não vou sair da Maçonaria porque eu também sou responsável pelo presente, objetivando o futuro e devo fazer a diferença onde estou.

Não vou sair da Maçonaria porque não estou ali por causa de seus dirigentes, e se os mesmos falham devo ajudá-los com sugestões e apontamentos de saída dos problemas e não apenas criticá-los.

Não vou sair da Maçonaria porque não devo fazer fofocas de Irmãos, ou não participar de fofocas.

Não vou sair da Maçonaria porque devo ajudar meus Irmãos e estar sempre a disposição e a serviço do outro, e não apenas esperar que os outros façam por mim;

Pensando bem eu acreditava que o problema estava nos outros mas eu cometia todos os vícios que pensava não tê-los, e por isso não vou sair da Maçonaria, porque eu devo sentir em mim ser objetivo de mudança, nunca desistir, quantas vezes queremos tirar os ciscos dos olhos dos outros e não vemos a trave nos nossos olhos. Os problemas muitas vezes estão na gente e não nos outros, às vezes a mudança parte de nós, e a culpa estava em mim e não nos outros.

Por isso não vou sair da Maçonaria, vou trabalhar a pedra bruta que atrapalha meu coração de ser paciente, tolerante, prestativo e compreensivo com meus Irmãos, para servir a sociedade de Maneira Justa e Perfeita, para que ela seja também um reflexo meu, e se ela precisar de mudanças é sinal que eu também preciso de mudanças, e Já que o Grande Arquiteto Do Universo é Deus, devo acreditar mais nele, para que sejamos cada vez melhores e mais fraternos.

Um Tríplice e Fraternal Abraço,

* Vítor Andrade
Profº de História / Pós Graduando em História da Maçonaria
Obreiro da A.'.R.'.L.'.S.'.Universitária Verdade e Evolução 3492

 

segunda-feira, 20 de maio de 2013

MUSICA MAÇÔNICA MOZART


A MÚSICA MAÇÔNICA DE MOZART

Um dos mais fantásticos músicos da história, maçom,criatividade incomum, reunindo 675 peças, dentre elas várias composições maçônicas


Johannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart, seu nome de batismo, nasceu em Salzburg, na Áustria, em 27 de janeiro de 1756, Mozart preferia ser chamado de Amadeus, pois o nome Theophilus, dado por seu padrinho Johannes Theophilus Pergmayr e que em grego significa amigo de Deus, tinha, em sua forma latina, um som mais agradável: Amadeus. Algumas vezes assinava com a forma francesa Amadè. Leopold, o pai, percebeu desde cedo o talento e ensinou-lhe música, pois era teórico e virtuose de violino, tendo o cargo de compositor de câmara e mestre-capela do príncipe-arcebispo de Salzburg. Dos sete filhos de Anna Maria Pertl e Johan Georg Leopold Mozart, sobreviveram apenas Wolfgang e sua irmã, quatro anos mais velha, Maria Anna Walpurga Ignatia, apelidada de Nannerl. Leopold exerceu um importantíssimo papel na vida de Wolfgang. A formação moral, religiosa e humanística, juntamente com a sólida preparação musical, deve ser inteiramente creditada a Leopold. O carater pedagógico da obra "Ensaio sobre os Fundamentos da Escola de Violino", escrita e editada em 1756 por Leopold, também publicada em outras línguas, já prenunciava a base da esmeralda e cuidadosa formação de seus filhos, pois Nannerl era desde pequena uma exímia cravista.
Wolfgang Amadeus Mozart( 1756 - 1791 ) com a idade de 6 anos.
As primeiras composições de Wolfgang datam de 1762, quando tinha 6 anos e eram trios de cravo, violino e piano para serem tocados com a irmã e o pai. A primeira apresentação pública de Mozart foi aos cinco anos de idade na Universidade de Salzburg. A exemplo de outros pais de sua época, Leopold nada havia de impróprio na exibição e exploração do abençoado talento do filho. Em janeiro de 1762, Wolfgang, o pai e a irmã partiram para uma viagem de três semanas a Munique, onde se apresentaram para o príncipe eleito da Baviera, Maximiliano José.
França, Alemanha, Checoslováquia, Inglaterra e Itália conheceram o prodígio Mozart, que encantava príncipes e imperadores.
Iniciaram-se neste ponto as muitas viagens que a família Mozart fizeram pela Europa, todas muito bem documentadas, pois os Mozart eram profícuos correspondentes, além de Leopold escrever detalhados diários de viagem. Entre 1762 e 1791, ao longo de 29 anos, foram trocada 1.200 cartas entre pai, mãe, irmã e amigos. A França, Alemanha, Itália Checoslováquia, e Inglaterra conheceram o prodígio Mozart, que encantou imperadores, príncipes, nobres e burgueses. Algumas dessas viagens duraram três anos e as precárias condições dos transportes, estradas e hospedarias aliadas ao duro clima europeu, submeteram as crianças a constantes doenças como febre tifóide, reumatismo e ataques de varíola.
Num dos retornos a Salzburg, Mozart foi empregado como mestre-concerto da capela da corte, onde Leopold ocupava o cargo máximo de Kapellmeister ou mestre-capela ( equivalente a regente ), do príncipe arcebispo Sigismund, conde de Schrattenbach.
As viagens continuaram: primeiro para Milão, depois para Bolonha, onde, em uma audiência com o papa Clemente XIV, Mozart recebeu a grande comenda "Ordem do Cavaleiro da Espada Dourada", uma alta honraria para um jovem artista de apenas quatorze anos.
De Salzburg, chegaram notícias de que um novo patrão, o príncipe-arcebispo Hyeronimus Colloredo, reclamava da ausência de seus dois músicos. As várias cortes européias eram formadas por cidades-estados independentes, regidos por uma corte imperial. Salzburg, sua cidade natal, embora também tivesse sua corte, se tornaria muito pequena para o cosmopolita Mozart. Aos dezesseis anos e tendo até então composto muitas peças de reconhecida qualidade, além de sete óperas, algumas com estrondosa repercussão, Wolfgang tentava, em cada capital, um emprego mais prestigioso e com maior remuneração.
As idas e vindas de pai e filho desagradavam profundamente o príncipe-arcebispo Colloredo, que, inquieto, recebia por comentários de visitantes, artigos e críticas de jornais, notícias da movimentação musical que seus empregados faziam pelo continente.
Durante uma viagem com a mãe Anna Maria, a Mannheim, Mozart apaixonou-se perdidamente pela principal cantora lírica de uma companhia de óperas, Aloysia Weber, que tinha dezesseis anos. Teve que desistir da jovem pressionado pelo seu pai, que através de insistentes cartas, ordenava sua ida a Paris em busca de emprego e segurança, pois de casacas, condecorações e relógios presenteados já estavam fartos e as constantes viagens só aumentavam as dívidas.
Paris, durante o inverno de 1778, fervilhando de artistas do calibre de Mozart, não recebeu muito bem o jovem compositor. Sua mãe, abalada por graves problemas de saúde, morreu longe de casa. Triste e sozinho, Mozart ainda permaneceu por mais três meses na capital francesa, aguardando um emprego que nunca se confirmou. A caminho de Salzburg, Mozart passou por Munique onde estava atuando a companhia de óperas de Fridolin Weber, pai de Aloysia, que, mais uma vez desprezou as investidas do apaixonado.
Chegando a Salzburg, Mozart foi nomeado organista da corte e permaneceu executando suas funções por 24 meses. Foram dois anos de rotina aborrecida, quebrada apenas por uma ópera encomendada pelo príncipe Carl Theodor, para a temporada lírica de Munique.
A permissão de ausência concedida para ir a cidade próxima, distante 120 quilômetros, por um peíodo de seis semanas, expiraria em breve e os atrasos nos ensaios que o compositor viera acompanhar precipitariam alguns importantes acontecimentos: Mozart cansara-se da vida de músico empregado, que apesar do salário razoável, tinha que se vestir de libré, ( uma espécie de casaco característico para distinguir os empregados ) e comia na cozinha, juntamente com os outros criados; sua antiga paixão, a jovem Aloysia Weber, casara-se com Joseph Lange, ator e retratista oficial da corte de Viena; sua nova ópera Idomeneo, a que se atrasara, havia estreado em munique e fora aclamada pela crítica e público como magnífica.
De volta a Salzburg, cansado, dezesseis semanas depois, Mozart sentiu que as desavenças com Colloredo recrudesceram. O acontecimento principal e marcante ocorreu na viagem com a corte do arcebispo a Viena, onde seria coroado o novo imperador Joseph II. Mozart foi despedido por recusar-se a cumprir uma tarefa que julgara ridícula e desimportante: a de levar uma correspondência de volta de Salzburg. Expulso da comitiva de Colloredo, refugiou-se como hóspede na casa da família Weber e suas quatro filhas.
A cidade de Viena em 1781, uma das mais exuberantes da Europa, era uma capital de 175 mil habitantes, efervescentes e próspera. O novo Imperador Joseph II, empenhado em reformar o Estado, criou condições para que um caldo de cultura invadisse i império austro-húngaro. Em Viena, músicas eram ouvidas a qualquer hora do dia ou da noite e onde Mozart, o primeiro profissional independente da música, encontraria espaço para legar ao mundo 675 composições 35 anos de sua curta existência.
As obras de Mozart foram cuidadosamente catalogadas por seu pai, a partir de 1768, quando o compositor tinha 12 anos.
Mozart, com a idade de 11 anos.
Posteriormente, foram completadas pelo Ludwig Ritter Von Köchel, que 100 anos depois, em 1862, publicou o "Índice Cronológico de Wofgang Amadeus Mozart", conhecido simplesmente por índice Köechel, que resulta na letra K seguida do número da composição.
Sua vida como músico independente, começou com modéstia. Em junho de 1781, ele se desculpava em carta ao pai, por mandar somente 30 ducados, pois até o momento tinha apenas uma aluna e conseguia, com muito custo, sobreviver. Mas antes do fim do outro mês, já estava também dando aulas para a filha de um conselheiro da corte. Morando com a família Weber, o jovem de 25 anos viu-se envolvido pela então Maria Cecília que alcoviteiramente, propôs-lhe o namoro com a mais nova de suas filhas, a também cantora lírica Constanze.
Um ano depois, em julho de 1782, com a situação financeira mais estável, tendo então vários e famosos alunos e com o estrondoso sucesso da ópera "O rapto do Serralho" ( texto cômico, ambientado em um harém turco ), Mozart pediu permissão ao pai para se casar. Casaram-se Constanze e Mozart em 4 de agosto de 1782, sem a presença do pai e da irmã. Combinando as funções de professor de violino e piano, compositor de obras encomendadas e empresário de concertos por assinatura, os Mozart prosperaram. Em apenas um ano, mudaram-se para o cobiçado apartamento de primeiro andar, status de alta burguesia em Viena. Festas, Saraus e bailes eram constantes no amplo apartamento de Wipplin-gerstrasse.
Em maio de 1783, nasceu o primeiro filho do casal, Raymund Leopold, morrendo 4 meses depois de cólica intestinal, durante a ausência do casal, que tinha ido a Salzburg para que Constanze conhecesse o pai e a irmã.
O ano seguinte, 1784, foi um dos mais produtivos do período. Em março regeu dezenove concertos com casa lotada e recebeu inúmeras encomendas, regiamente pagas.
Foi iniciado Maçom e aprofundou sua amizade com o já famoso e aclamado compositor Joseph Haydn que conhecera na sua chegada à capital.
Em 1785, Mozart viveu seu ano de glória.Colhia louros e fartos lucros de concertos por assinaturas, aulas particulares e direitos autorais pela edição de suas partituras.
O ano do triunfo de Mozart foi em 1785, que, na presença de Leopold que o visitava, colhia louros e fartos lucros de concertos por assinaturas, aulas particulares para jovens e talentosos intérpretes ( Beethoven teve aulas com ele ) Direitos autorais pela edição de suas partituras e pelo prestígio do imperador Joseph II, presente em várias de suas concorridas audições. Numa das centenas de cartas ao pai, Mozart diz: "(...) O senhor deveria ouvir o que este novo arco de violino pode fazer, são sutis nuances que eu nunca ouvi antes! A haste é feita de uma madeiravermelha vinda de Pernambuco, no Brasil, que é forte e flexível, elástica como o cabo de um bom chicote (...)".
Mozart continuou sua produção musical em ritmo alucinante, combinando o fluxo de dinheiro, festas e extravagância, com precária saúde em declínio.
Mozart adorava jogar, ficando a mesa de bilhar ao lado do piano e que serviu muitas vezes de "mesa de composições", como qualquer lugar que ele encontrasse para repousar a pena e a folha pautada. Gostava também de esgrima, da dança e de cavalgar. Em 1786, estrearam a sinfonia : Praga"e a ópera Às Bodas de Fígaro", dois grandes sucessos em Viena e também em Praga, cidade para onde se dirigiu o casal em busca de sucesso, permanecendo nesta capital por treze meses. Em 1787 foi o ano da morte de Leopold, aos 68 anos. Foi um período de grande sofrimento e muito trabalho na composição de uma ópera para o teatro em Praga, o famoso drama dramático "Dom Giovanni", sendo Mozart ovacionado em cena aberta, em várias audições. Também neste período, houve o agravamento de problemas renais. As crises levavam Mozart a alternar períodos de euforia e depressão. Triunfando em Praga, retornou a Viena para uma boa notícia: fora contratado como Kammer-musicus ou compositor da corte imperial, com salário anual de 800 florins, apenas razoável para o padrão de vida dos abastardo de Mozart. Nos três anos seguintes, as finanças de wolfgang foram completadas por vários empréstimos feitos por um empresário, mestre maçom de sua Loja, Michael Puchberg.
Sua saúde declinava e Constanze, uma mulher frágil e magra, dos seis partos que tivera, somente dois filhos tinham conseguido atingir a idade maior do que um ano. Em 1791, no último e mais importante ano musical, Mozart, debilitado, compôs entre outros, a ópera "A Flauta Mágica", seu maior sucesso de público e crítica e a magnífica e impressionante "Missa de Réquiem". Contrariando a crença difundida alguns anos após, de que a morte lhe encomendara uma música para o seu funeral, a missa de Requiém foi uma peça encomendada pelo rico e excêntrico conde Franz Von Walssegg-Stupach, que se apresentara a Mozart disfarçando em criado, pagara um preço acima da média e que tinha o costume de assinar, como de sua autoria, composições de vários compositores da época.
Esta obra foi completada na terça parte que faltava, após a morte do compositor, por seu discípulo e copista auxiliar Franz Xavier Sussmayr, conforme orientações expressas por Mozart. Na madrugada do dia 5 de dezembro de 1791, Mozart morreu de insuficiência renal aguda e febre reumática, aos 35 anos de idade, legando a humanidade, um gigantesco acervo de 675 obras da mais fina ourivesaria musical.
O principal motivo para este trabalho foi, inicialmente, a busca de informações a respeito de um "Hino Maçônico"composto por Mozart, citado em Loja pelo irmão Célio Garcia, em 1990. O tal hino era, na verdade, a célebre obra-prima "Música Fúnebre Maçônica", mas nesta envolvente busca, aflorou com uma inesperada e surpreendente riqueza de detalhes, o maior compositor do período musical clássico, Wolfgang Amadeus Mozart.
Mozart foi iniciado na Maçonaria em 14 de dezembro de 1784, aos 28 anos na Loja A Beneficiência em Viena
Mozart foi iniciado na Maçonaria em 14 de dezembro de 1784, aos 28 anos, na loja "A Beneficiência" ( Zur Wohltatigket ) em Viena, uma dentre as 57 oficinas ( 17 na Áustria, 7 na Bohêmia, 4 na Galícia, 12 na Hungria e 17 nos Países Baixos ), filiadas à Grande Loja da Áustria ( Grosse Landesloge von Österreich ). Eram apoiadas pela poderosa Grande Loja da Alemanha. A Loja "A Beneficiência" realizava suas sessões no templo de uma loja maior e mais influente, chamada A Verdadeira Concórdia ( Zur Wahren Eintracht ).
A Europa do século XVIII fervilhava com os ideais humanistas. As sociedades secretas proliferavam e, entre tantas outras, as mais conhecidas eram: os Irmãos Asiáticos, os Iluminados da Baviera, o Escocesismo e a antiga Rosa-Cruz. Algumas ordens estavam concentradas nos ideais revolucionários e nas ações políticas, mas no geral, as sociedades estavam mais voltadas aos ideais da filosofia, fraternidade e, principalmente, aos oportunos tráficos de influência. A Maçonaria era uma das sociedades que mais se desenvolveram no século XVIII. Em 24 de junho de 1717, dia de São João Batista, padroeiro dos antigos maçons operativos, foi criada a Grande Loja de Londres, com a reunião de quatro lojas maçônicas, numa federação, à qual outras lojas vieram a se filiar. O objetivo era dar unidade aos ritos, usos e costumes advindos da evolução das quildas e hansas construtivas desde a Idade Média. A partir do século XVII, os pedreiros maçons aceitavam,em suas lojas esparsas e ocasionais, intelectuais, oficiais militares, nobres e outros não "operativas" em seu seio. Desde 1646, quando o astrólogo e esotérico Elias Ashmole fora aceito e iniciado em uma loja operativa de Warrington, na Inglaterra, as lojas maçônicas ou oficinas deixaram a conotação obreira - o ofício da construção - para se dedicar às especulações filosóficas, metafísicas, esotéricas e científicas. Trabalhavam em torno de símbolos ligados à arte da construção, razão pela qual a Ordem passou a ser chamada de simbólica.
A Maçonaria floresceu na Áustria, Bohêmia e Hungria, principalmente pelo exemplo dado por Franz Stephen, duque de Lorraine e príncipe-consorte da imperatriz austríaca Maria Thereza. Ele se tornara maçom em 1731, iniciado em Haia, numa loja ocasional, constituída por Theophilus Desaguiliers ( que participa com John Anderson na elaboração da Constituição dos Maçons ), que era grão-mestre da grande Loja da Inglaterra.
Atribui-se a Franz Stephen a consolidação da primeira loja maçônica de Viena: "Os Três Canhões" ( Die Drei Kanonen ) e por ter convencido o falecido sogro e imperador, Carlos VI, a não aplicar, em seus territórios, a Bula Papal "In Eminenti", sancionada em 1738 por Clemente XII, que condenava os maçons. Desde os primórdios até 1789, a maçonaria austríaca desenvolveu-se de forma soberba, tornando-se o principal ponto de encontro da elite intelectual.
O ritual adotado para os trabalhos nas oficinas era o Rito da Estrita Observância, ou Rito Escocês Retificado, criado em 1761 na Alemanha pelo barão Karl Gathen Von Hundt, que compreendia três graus simbólicos: Aprendiz, Companheiro, Mestre e quatro graus filosóficos: Mestre-Escocês, Neófito, Templário e Cavaleiro Professo. A partir do início do ano de 1785, uma série de editos desencadeou o acaso da maçonaria na Áustria. O ministério da Polícia e o imperador Joseph II acreditaram nos boatos de que os maçons tramavam a queda da Casa Real de Habsburg e que se haviam tornado demasiado influentes, com lojas cada vez mais ricas e poderosas. O Objetivo era também de coibir o crescimento acelerado de centenas de ordens herméticas e secretas e eliminar as correntes pseudomaçônicas que ploriferavam por todo o império austro-hungaro. Baixou então um decreto de expurgo, onde cada cidade deveria ter, no máximo, três lojas maçônicas.
Reorganizaram-se as nove lojas de Viena e vários de seus membros, por temor, afastaram-se. As exigências do imperador sobre listas de membros, cargos e outras informações é que nos permitem, hoje, ter acesso a muitos documentos sobre a Maçonaria austríaca, Mozart e a situação da Ordem no século XVIII.
Ao analisarem a produção de Mozart, ao longo de 1785,os mais importantes musicólogos selecionaram 24 obrascom marcante  influência dos ensinamentos  maçônicos.
Mas as ligações de Wolfgang com a Maçonaria começaram muito antes de sua iniciação. Em fins de 1767, Leopold, Anna Maria, Narnnel e Wolfgang com 11 anos, deixaram Salzburg e foram para Viena para as bordas nupciais da arquiduquesa Maria Josepha com o rei Ferdinando de Nápoles. O ambiente festivo transformou-se em luto, pois uma epidemia de varíola vitimou centenas de pessoas, inclusive a noiva real. Para não correr riscos, os Monzart partiram para Olmutz, na Checoslováquia. Mesmo assim, as crianças sofreram leves ataques de varíola e foram tratadas pelo Dr. Josef Wolff, conceituado maçom. O menino Wolfgang, em agradecimento, compôs uma melodia para o médico, sobre um texto maçônico escrito pelo poeta Johann Peter Uz, celebrando a "Alegria, Rainha dos Sábios".
Acostumado desde criança ao estudo intensivo da literatura e da poesia, o jovem músico encantou-se com a coletânia de poemas maçônicos publicados em Berlim um ano antes, extraido dela o texto "A Amizade". Após sua iniciação, doze anos depois, Mozart colocou na canção um subtítulo "Cântico Solene para uma Loja de São João" ( Lobgesang Auf Die Feierliche Johannisloge ) e foi destinada à cerimônia litúrgica "Cadeia de União", que segundo o ritual em uso, era como se encerravam todas as sessões das lojas. Os primeiros versos são:
Oh sagrados laços que unem os verdadeiros Irmãos tal como a maior felicidade e delícias do Eden Para teus círculos sou sempre atraído pois torna a vida bela e cheia de encantos.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

TRABALHO APRESENTADO



SABER ESCUTAR



Há dois tipos de sabedoria: a inferior e a superior.
A sabedoria inferior é dada pelo quanto uma pessoa sabe e a superior é dada pelo quanto ela tem consciência de que não sabe. Tenha a sabedoria superior.
Seja um eterno "aprendiz" na escola da vida.
A sabedoria superior tolera; a inferior, julga; a superior, alivia; a inferior, culpa; a superior, perdoa;
a inferior, condena.
Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar!
(Chico Xavier)

COLABORAÇÃO DO IRMÃO ANDRÉ BORGES

segunda-feira, 13 de maio de 2013

FELIZ DIA DAS MÃES

PARA SEMPRE
Carlos Drummond de Andrade 
Por que Deus permite 
que as Mães vão-se embora?
 
Mãe não tem limite, 
é tempo sem hora, 
luz que não apaga 
quando sopra o vento 
e chuva desaba, 
veludo escondido 
na pele enrugada, 
água pura, ar puro, 
puro pensamento. 

Morrer acontece 
com o que é breve e passa 
sem deixar vestígio. 

Mãe, na sua graça, 
é eternidade. 

Por que Deus se lembra 
- mistério profundo - 
de tirá-la um dia? 

Fosse eu Rei do Mundo, 
baixava uma lei: 
Mãe não morre nunca, 
mãe ficará sempre 
junto de seu filho 
e ele, velho embora, 
será pequenino 
feito grão de milho. 
Homenagem de todos os membros da Loja Maçônica Alpha e Ômega 
Maio / 2013