No dia 30 de Julho de 2019 o Irmão Deputado Federal André Luiz Borges apresentou o trabalho abaixo :
IRMÃO ANDRÉ LUIZ BORGES
ESTUDANDO A ARROGÂNCIA
“Não procureis, pois, na Terra, os primeiros lugares, nem vos colocara acima dos outros, se não quiserdes ser obrigados a descer. Buscai, ao contrário,
o lugar mais humildade e mais modesto, porquanto
DEUS saberá dar-vos um mais elevado no Céu, se o merecerdes.”
Evang.Segundo o Espiritismo – cap. VII – item 6
“E chegou a Cafarnaum e, entretanto em casa, perguntou-lhe: Que estáveis vós discutindo pelo caminho?
Mas eles calaram-se; por que pelo caminho tinham
disputado entre si qual era o maior.”
(Marcos 9:33 e 34)
O reflexo mais saliente do ato de arrogar é a disputa pela apropriação da Verdade.
É com base nesse estado orgulhoso de ser que sustentamos o velho processo psíquico da autofascinação
com o qual nutrimos exacerbada convicção nas opiniões pessoais, especialmente em se tratando das intenções e atitudes do próximo.
Na raiz desse mecanismo psicológico encontra-se a
neurótica necessidade de sentirmos superiores uns em
relação aos outros, a disputa.
(Os chineses dizem para gente arrogante (prestem atenção) que quando uma partida de xadrez termina, independente do resultado, o peão e rei vão para a mesma caixinha, os dois são guardados na mesma caixinha.)
O orgulho é o sentimento de superioridade pessoal e
a arrogância é a expressão doentia desse traço moral.
A mais destruidora atitude na convivência humana é
nossa arrogância em acreditar convictamente no julgamento que fazemos acerca de nosso próximo. Quase
sempre somos assaltados por velhos ímpetos arquivados na bagagem da vida afetiva que nos inclinam a
atitudes de invasão e desrespeito para com o semelhante.
O que faz uma pessoa importante é a sua
capacidade de servir, realizar.
JESUS é o grande exemplo de servidor.
Nossa grande dificuldade reside em desconhecer nosso
real “tamanho evolutivo”. Não sabemos quem somos e
partimos para adotar referências para fora de nós.
Humildade é saber quem se é. Nem mais, nem menos.
Porque essa compulsão por ser o primeiro em uma obra
que não nos pertence? Na obra de MAÇONICA há tarefas
e lugares para todos.
A expressividade da responsabilidade na Obra Maçônica obedece a dois fatores: necessidade de remissão
perante a consciência e merecimento adquirido pela
preparação. Em ambas as situações predomina uma só
receita para o aproveitamento da oportunidade: o esforço, sacrifício, renuncia e humildade.
Sobre os ombros daqueles que realçam e brilham no
movimento maçônico pesam severos compromissos interiores perante suas consciências. Compromissos que,
certamente, não dariam conta por agora. Portanto,
repensemos nosso foco sobre quantos estejam assoberbados com tarefas de realce, analisando seus caminhos como espinhosa senda corretiva, repleta de desafios e inquietantes angústias na alma.
Não existem pessoas mais ou menos valiosas no serviço de implantação do bem na Terra. Existem resultados mais abrangentes e expressivos que outros, no
entanto, não conferem privilégios ou são sinônimos
de sossego interior aos seus autores.
Uma das mais graves angustia dos maçons é a revolta
que nutrem contra si mesmos quando conscientizam não
serem tão essenciais e importantes quando supunham.
O que tenho feito dos bens celestes e a mim confiados? Cargos, recursos financeiros, influencia pelo
verbo, a arte de escrever, o talento de administrar,
a força física, a saúde, a inteligência, enfim todos
os bens com os quais podemos enriquecer nossa caminhada de espiritualização.
Estarei os utilizando para o crescimento pessoal e
de outros?
Consigo perceber minha melhora no uso desses recursos?
A diluição dos efeitos da arrogância em nós depende
dessa atitude honesta em lidar com os sentimentos
que orbitam na esfera desse reflexo cristalizado no
campo mental.
Honestidade emocional inicia-se com as perguntas:
(REFLEXÃO)
Por que estou sentindo o que estou sentindo?
Qual o nome desse sentimento?
Qual a mensagem que o meu coração está me indicando?
Estarei disputando com alguém nas atividades?
O que penso de meu semelhante será realmente verdade?
Por qual razão alguém me causa o sentimento de inveja?
Por que me sinto diminuído perante uma determinada
criatura?
A outra face da arrogância é a baixa autoestima.
O sentimento de indignidade é o reverso da arrogância.
“Os homens quando se houverem despojados do egoísmo
que o domina, viverão como irmãos, sem se fazerem
mal algum, auxiliando-se reciprocamente, impelidos
pelo sentimento mutuo de solidariedade. Então o forte será o amparo e não o opressor do fraco e não
mais serão vistos homens a quem falte o indispensável, porque todos praticarão a Lei da Justiça. Esse
o reinado do bem, que os Espíritos estão incumbidos
de preparar.”
(Livro dos Espíritos – questão 916)
Para reflexão:
O que sou eu?
Eu sou 1 entre outros 7 bilhões de humanos de uma
única espécie, entre outras 3 milhões de espécies já
classificadas, que vive num planetinha que gira em
torno de uma estrelinha, que é o sol, que é uma estrela entre outras 100 bilhões de estrelas que compõe a Via Láctea, que é uma galáxia entre outras 200
bilhões de galáxias, num dos universos possíveis,
que vai desaparecer.
Então, eu sou o “subtreco do vice troço”.
André Borges∴ / julho de 2019.
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