quinta-feira, 17 de outubro de 2019

TRABALHO APRESENTADO PELO IRMÃO LUIZ FERNANDO MARRA DE AQUINO

No dia 15 de Outubro de 2019, com o acompanhamento do Irmão Segundo Vigilante Marcos Ferreira Vasconcelos, o Irmão Luiz Fernando apresentou um trabalho com o objetivo de avaliação para mudança de grau.


IRMÃO LUIZ FERNANDO



SALA DOS PASSOS PERDIDOS



O QUE É A SALA DOS PASSOS PERDIDOS
E O PORQUÊ DO NOME?



Ao perguntar a um profano o que lhe vinha à mente ao ouvir a expressão “sala dos passos perdidos”, recebemos como resposta
- “É uma expressão estranha, a primeira vista sem significado. Mas refletindo melhor, parece ser um local onde se caminha sem chegar a lugar algum”.

E para o Maçom qual significado da sala dos passos perdidos? O sentido maçônico desta denominação se origina no fato de que todo o passo realizado antes do ingresso na Maçonaria, ou que não se coaduna com suas Leis, deve ser considerado simbolicamente como perdido.

Nesta Sala dos Passos Perdidos, há ainda um tempo e um espaço que podem e devem ser preenchidos por meio de uma troca de energias positivas, podemos proceder ao nosso aquecimento com o exercício dos nossos pensamentos em prol da Vida, agradecendo ao nosso Princípio Criador – o Supremo Arquiteto do Universo – a chance de abdicarmos dos nossos radicalismos, de nossos ressentimentos e de nos aprimorarmos como seres humanos. com espíritos desarmados e em especial com a abnegação de quem busca a Paz e a Concórdia, instrumentos fortalecedores que substanciam a nossa missão.

Sala dos passos perdidos é o local que antecede ao Átrio e que serve como uma espécie de sala de espera, onde se aguarda o início da sessão e se recepciona os visitantes, chama-se Sala dos Passos Perdidos. O nome deriva do entendimento de que todo passo dado (ou ação) antes de se ingressar na Ordem, por não se coadunar com os princípios maçônicos, foi um passo (ou ação) perdido(a).:
Isto nos faz crer que os fundadores do Parlamento Inglês, 




em 1296, foram felizes em escolher o nome da sala de espera, onde as pessoas aguardam uma entrevista com os parlamentares. Pois ali, as mesmas circulam sem rumo definido, sem destino exato; daí a denominação “Passos Perdidos”, ou seja, que leva a lugar nenhum.

Quando, em 1776, a Grande Loja de Londres inaugurou o primeiro Templo maçônico, foi buscar no Parlamento Inglês a forma e até o nome da sala que antecede o átrio. Como curiosidade, também as mesas dos Oficiais, a grande cadeira do Venerável Mestre e os lugares dos Irmãos nas Colunas tem a mesma origem, pois o Parlamento Inglês é cerca de 500 anos mais antigo do que o primeiro templo maçônico. Sabemos que antes as Lojas, Especulativas ou dos Aceitos, reuniam-se nas Tavernas e usavam o nome das mesmas para identificá-las (“a Loja do Ganso e da Grelha”, “a Loja da Macieira”, etc.).

Já no campo simbólico podemos concluir que, fora da disciplina maçônica, todos os passos são perdidos. Os profanos, por desconhecimento, e os maçons, por esquecimento, ao não seguirem os ensinamentos da Arte Real,




 andam sem rumo. Suas ações tornam-se dispersas e os esforços vãos. Porém, ao se voltarem para a doutrina Maçônica, o Templo Interior se organiza, a “Sala dos Passos Perdidos” passa a ficar fora da construção espiritual e aí podem, unidos com os demais Irmãos, dar um destino às suas ações em prol do auto desenvolvimento moral e espiritual e do bem estar da Humanidade.


Nas Lojas maçônicas do Brasil como as de Paris é assim denominada a ante-sala do Templo. Também na Hungria a Maçonaria adotou denominação neste sentido. Dali esta denominação também passou a ser usada pelas Lojas da Áustria. Na Alemanha, a expressão é completamente desconhecida.

No que tange a palavra PARLAMENTO, fora o Inglês, onde efetivamente se originou no século XIII, há a contrapor que o Parlamento da Islândia, que é considerado o mais antigo, originou-se no século X.

Para concluir, no Rito Schröder, em particular, e na Alemanha, em geral, usa-se a expressão “Ante-sala do Templo”

Inicialmente, temos a Sala dos Passos Perdidos, aonde a Irmandade se reúne, sem qualquer maior preocupação.

É um local destinado a receber os visitantes, onde as pessoas podem andar livremente de um lado para outro como se fosse uma sala de espera, onde os passos não são utilizados para ir a lugar algum, ou seja, são considerados como passos perdidos.




Chega, cumprimenta a todos, reata a conversação interrompida, dá conta do que aconteceu durante a semana, toma cafezinho, brinca, trata de negócios, o Tesoureiro faz as cobranças, é assinado o Livro de Presença, enfim, uma reunião tipicamente social.

Aos poucos, no ambiente agradável de verdadeira amizade, o Mestre de Cerimônias distribui os colares, dos quais dependem as Jóias, atributo do respectivo cargo e começa a preparação para o ingresso no Templo.

A Sala dos Passos Perdidos apresenta características próprias, de molde a que um profano verifique tratar-se de uma sala “diferente” das comuns, dos lugares públicos.

Nas paredes, quadros alegóricos, estátuas, avisos, retratos de personalidades, quer maçônicas, quer históricas, de filósofos ou heróis, enfim, uma ante-sala profusamente ornamentada; mesas, cadeiras, poltronas, para emprestar um aspecto acolhedor; cortinados, lustres, tapetes, para enriquecê-la.




Forma-se o ambiente adequado e que conduza a um “bem-estar”, um refugio aonde amigos irão se abraçar.

Uma vez que todos estejam devidamente aparamentados ou revestidos com suas insígnias, são convidados pelo Mestre de Cerimônias para ingressarem no Átrio.





Fonte:
JB News
Postado por Irineu Bianchi 
livro:  Maçonaria para Maçons, Simpatizantes, Curiosos e Detratores.
A Enciclopédia MACKEY

Imagens da Internet



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