Dia 29 de Março de 2022, durante Sessão na Loja Maçônica Alpha e Ômega, o Irmão Tesoureiro Isaias Ferreira dos Santos apresentou o trabalho abaixo:
A IMPORTÃNCIA DO
CONVIVIO EM UMA LOJA
Se o grau 1 de Aprendiz-Maçom
simboliza o nascimento, quando o profano-candidato que se encontra nas trevas recebe,
enfim, a luz da Maçonaria; o Grau de Companheiro simboliza a vida, a fase
madura, entre o nascimento e a morte. E por último, mas não mais ou menor
importante, o Grau 3 de Mestre-Maçom, que simboliza a morte e todos os
ensinamentos que ela envolve.
O Mestre já passou pelas três
iniciações e sofreu suas respectivas provas, chegando a compreender, a saber, e
a sentir.
O Grau de Mestre, portanto, trata-se
do terceiro e último Grau do Simbolismo. Para muitos irmãos, principalmente
para os adeptos dos três Graus, é o coroamento final do aprendizado maçônico.
Nas Potências ou Obediências Simbólicas é o Grau em que é concedida ao Iniciado
a plenitude dos direitos maçônicos e obviamente a contrapartida dos deveres
maçônicos. O Grau 3 é muito esotérico e é dedicado inteiramente ao espírito.
No simbolismo maçônico, o Grau de
Mestre representa o “Outono da vida”, estação em que o Sol termina seu curso e
morre para renascer: é a época em que o homem recolhe os frutos de seu trabalho
e de seus estudos. É o emblema que indica a compreensão das lições de Moral que
a vida ensina e a experiência que se alcança.
O Mestre deve ser um todo harmonioso.
É a meta que deve procurar todo Maçom. É o mérito do Iniciado de ter atingido
este desenvolvimento que o constitui dentro da verdade como um ser intelectual.
O Terceiro Grau maçônico: O Grau de
Mestre é o complemento necessário dos dois primeiros. Se não existisse, a
cumeeira do edifício a Maçonaria Especulativa não seria outra coisa senão uma
irrisória caricatura da Maçonaria Operativa.
O mestrado conduz a novas sínteses. O
aprendiz dedicou-se ao trabalho material do desbaste da “pedra bruta”. O
Companheiro ao trabalho intelectual que implica na realização da “Pedra
Cúbica”. Ao Mestre não pode ser atribuído senão o valor espiritual. A sua
missão é derramar luz e reunir o que está esparso.
O Mestrado não é um dom. É uma
conquista. É a vitória do homem sobre si mesmo.
O Mestre deve se esforçar por enxotar
o velho homem, isto é, por eliminar paciente, mas definitivamente, todos os
erros, as antíteses, as contradições de costumes e usos de nossa civilização, a
fim de edificar sobre um terreno novo o ser superior que o colocará em
comunicação com as regiões de igual natureza.
O Mestre não deve esquecer que, em
sua ascensão para a espiritualidade o pensamento é uma força soberana, guiada
com bom-senso e lógico.
Convém ter sempre no espírito a meta
de atingir e concentrar os seus desejos, os seus, os seus pensamentos e os seus
atos para um mesmo ponto de vista dirigido com amor para uma ordem de coisas,
mais perfeita, para as múltiplas definições do Bem, do Belo e do Verdadeiro.
O Mestre Maçom deve celebrar o
companheirismo que une os Irmãos pelo esquadro e pelo compasso, animados não
somente pelos feitos dos nossos antepassados, mas também, pela vontade de
superar obstáculos de hoje e do porvir.
Ser Mestre significa ser Mestre de si
mesmo, trabalhar com inteligência e força de vontade em si mesmo, no seu
próprio aperfeiçoamento, tendo sempre em mente o fato de que nada mais somos do
que simples aprendizes, mesmo que nos denominemos Mestres.
Ser Mestre é aceitar que não nos
pertencemos, mas à coletividade e que por isso mesmo sua inteligência e sua
vontade devem estar sempre a serviço dessa coletividade.
Ser Mestre é acender luzes pelo
caminho por que passa luzes de amizade e sabedoria, de bondade e justiça, de
harmonia e compreensão, de solidariedade e fraternidade.
Ser Mestre é não se considerar juiz
dos defeitos e erros dos outros, mas saber compreender e perdoar.
Ser Mestre é saber aceitar um
conselho, para ser ajudado.
Ser Mestre é retribuir com ternura
aos que o odeiam.
Ser Mestre é ser perfeito nas mínimas
realizações.
Além disso, que tenha em mente que é
um eterno aprendiz e que tem fortes deveres e obrigações com a Ordem e com a
sociedade.
Então meus veneráveis Irmãos, se
convivermos em harmonia e retidão, aceitarmos ser MESTRES como citei
anteriormente, teremos sempre uma loja Justa e Perfeita.
FONTE:
Maçonaria – 30 Lições de Mestre. Raimundo,
D’Elia Júnior.
Imagens da Internet