domingo, 24 de outubro de 2021

TRABALHO APRESENTADO EM LOJA

 Dia 19 de Outubro de 2021 durante reunião presencial na Loja Maçônica Alpha e Ômega, o Irmão Segundo Vigilante Marcos Ferreira Vasconcelos apresentou o trabalho abaixo: 



A PEDRA QUE NÃO QUERIA SER TRABALHADA

 



 

“Acordei, e era Meio Dia...

...tinha de cumprir a minha primeira missão, o meu primeiro trabalho, enfim, a minha Primeira Prancha. Mãos à Obra.





E que missão a minha!... nada mais nada menos que trabalhar uma Pedra. Vamos a isso.

Campo fora, no meio de calhaus, tropeço aqui... reviro além, e eis que descubro, maravilha das maravilhas, uma bela pedra que pela sua forma, dimensão e textura, facilmente me permitirá executar um bom trabalho... sem trabalho nenhum!

Um pequeno toque de cinzel...e (!?)... Não é possível !!! a Pedra desviou-se!?... e agora ela FALA!...

(A Pedra) - Diz-me Aprendiz, porque me escolheste para objeto do teu Primeiro Trabalho? Será que a minha forma te apraz como sentido material do caminho que decidiste encetar, ou haverá algo de excitante na minha textura que te impede de imaginar que outras Pedras existem?

(O Aprendiz) - Estou espantado, nunca imaginei que uma Pedra falasse, os Mestres a quem devo obediência não me indicaram que pedra escolher para trabalhar... eu escolho-te pela tua forma quase perfeita, pelas tuas arestas quase esquadriadas, talvez pela tua presença destacada neste campo de calhaus disformes,... sei lá, por tudo isso!

(A Pedra) - Sim, estou a ver. Pensaste tu então, pobre Aprendiz de Pedreiro, que com um mínimo de esforço realizarias um bom trabalho!? Já te passou, por acaso, pela cabeça que poderão existir Pedras que não necessitam, ou simplesmente não querem ser trabalhadas? Já imaginaste que no difícil caminho que tens pela tua frente, terás sempre que escolher as pedras mais difíceis de trabalhar, as mais necessitadas da tua atenção, do teu respeito, da tua arte de transformar sonhos em realidades, formas brutas em artefatos dignos de um Criador,... enfím, dignos do Homem?

 

Pensa no quanto as pedras que te rodeiam necessitam de ti, tenta dar o teu melhor sem exigir nada da pedra que trabalhas, tenta fazer dela uma obra digna de ti e dos teus Mestres, o teu trabalho bem executado será o teu prêmio, e assim talvez um dia sejas um Pedreiro.

(O Aprendiz) - Pedra, não sei o que te dizer, sou um pobre aprendiz que muito tem que aprender, sei apenas que, hoje e aqui contigo, recebi a primeira lição: Deverei sempre trabalhar a pedra que mais necessita, desde que ela queira! Agora preciso ir, pois é quase Meia-noite... Adeus pedra, agradeço-te a lição!

(A Pedra) - Espera Aprendiz, faz-me um pequeno favor, vira a minha face polida um pouco mais para Oriente,... assim,... já está bem! Ah, já agora retira de debaixo de mim, essa pequena pedra cinzenta... sim essa mesmo, que eu esmago sem querer há milhares de anos. Leva-a contigo, não tentes trabalhá-la; tenta apenas compreendê-la, o que já será uma tarefa quase impossível. Adeus Aprendiz

(O Aprendiz) - Adeus pedra!

Autor Desconhecido

Por TRABALHOS MAÇÔNICOS abril 13, 2012 

 

Reflexão:

 

Meus Irmãos,

 

Entendo que passamos por um momento, em que independente do Grau ou de Cargo, cabe a todos nós. Dedicação e DOAÇÃO.

Não de dinheiro e ou de bens materiais, mas sim de tempo, de ações, de amizade, de companheirismo, de praticar a FRATERNIDADE.




Venho tocando nesse tema em alguns trabalhos apresentados, e a percepção que tenho é de que podemos sim viver um momento de evasão em nossa ordem.

A quem deverá ser atribuída a culpa?

À Pandemia Covid-19?

Para responder, convido os Irmãos amos retornar à Sala das reflexões, para primeiro relembramos das inscrições lá encontradas no dia de nossa iniciação:




“Lembra-te de Deus com humildade.

Se queres bem empregar a vida, pensa na morte.

Serve à Pátria com devotamento.

Recorda-te dos grandes cidadãos que foram grandes maçons.

Se a curiosidade ou a dissimulação aqui te conduziram, retira-te.

Se és apegado às distinções mundanas, sai; nós aqui não as conhecemos.

Se o teu coração é sensível ao Bem, prossegue, e terás o nosso apoio.

 

E por fim relembrarmos no Testamento Moral e Filosófico e Compromisso de Aliança que assumimos, que acredito estar presente, arraigado e firme em cada um de nós.

a    Quais os deveres do homem para com o S.’.A.’.D.’.U.’.?

b  Quais os deveres do homem para com a Pátria?

c    Quais os deveres do homem para com a Família?

d   Quais os deveres do homem para com os semelhantes?

e  Quais os deveres do homem para consigo mesmo?

Para finalizar, devemos estar firmes no propósito de cavar masmorras aos Vícios e templos às Virtudes.

O lapidar a Pedra Bruta, é infinito, assim como a nossa busca incessante de conhecimento e aprendizado.

Lembremos sempre do Salmo 133: “ Oh quão bom e quão suave é que os Irmãos vivam em União”.




 

Então:

Mãos à Obra.


 

Ir.’. Marcos Ferreira Vasconcelos – 

Cim 267095

2º Vigilante


ARTE REAL - TRABALHOS MAÇÔNICOS: A PEDRA QUE NÃO QUERIA SER TRABALHADA (focoartereal.blogspot.com)

Imagens da Internet


domingo, 10 de outubro de 2021

TRABALHO APRESENTADO EM LOJA

No dia 05 de outubro de 2021 durante sessão na Loja Maçônica Alpha e Ômega, o Irmão Gildo Gouveia apresentou o trabalho abaixo : 


Salmo 133



História de Davi


            A história de Davi é narrada na Bíblia, nos livros I e II de Samuel. Nascido em Belém, na Judeia, entrou como harpista na corte de Saul, primeiro rei de Israel. Na guerra contra os filisteus, o jovem Davi, armado com uma funda, matou Golias, o gigantesco campeão dos inimigos.




Essa vitória e outras que se seguiram despertaram o entusiasmo do povo e, enciumado, o rei Saul resolveu eliminá-lo, embora este tivesse se casado com sua filha Micol e fosse amigo de Jônatas. Davi então fugiu da corte, vivendo em seguida em vários lugares. Depois da morte de Saul e Jònatas, Davi regressou à Judeia e sua  tribo o nomeou rei, ao mesmo tempo em que as tribos restantes elegiam Isbaal, o outro filho de Saul.

Na guerra que seguiu, Isbaal foi morto e Davi tornou-se rei de Israel, fixando a capital em Jerusalém e, para lá transferiu a Arca da Aliança. Maior símbolo religioso dos israelitas.

Vários episódios dão à vida de Davi uma nota humana e realista, sobretudo seu adultério com Betsabéia, mulher de Urias, para cuja conquista final teve que liquidar, indiretamente, o marido, que era seu general e dessa ligação nasceu Salomão

Davi era também extraordinário poeta e músico, e a ele se atribui boa parte dos poemas que compõem o Livro dos Salmos em que se destaca o salmo 133. 




Na hora da morte, ungiu como rei seu segundo filho, Salomão. Seu corpo foi levado para Belém e ali sepultado. Na tradição posterior, Davi foi apresentado como garantia da união entre Deus e o povo.

Salmo 133

O Livro da Lei é considerado parte integrante dos utensílios maçônicos, sendo indispensável nos trabalhos de uma Loja. Segundo os pesquisadores, ela foi estabelecida em 1717, a partir da fundação da Grande Loja da Inglaterra.




Existiam divergências quanto a aplicação dos textos do Livro da Lei nos Trabalhos Maçônicos, pelo fato da liberdade de uso, através dos temos. Na Inglaterra, é costume abrir o Livro da Lei no Salmo 133, quando a Loja estiver trabalhando em Grau de Aprendiz.

As Lojas Simbólicas, obedecendo a decisão da Assembleia Geral da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil, de junho de 1952, utilizam abrir o Livro da Lei no Salmo 133, versículos 1, 2 e 3, procedendo a Leitura pelo Orador, na abertura dos trabalhos do Grau de Aprendiz, sendo que no Rito Brasileiro se lê apenas o Versículo 1.

Oh! Quão bom e quão suave é que os Irmãos vivam em união!




Este salmo tem sido atribuído ao Rei Davi. Há quem afirme que é obra do período pós exílio; época em forte clima emocional, é retomado o culto a Javeh em plena Jerusalém. Importante é que o tempo não apagou nem alterou tão profunda mensagem, endo sido transmitida com o tradicional zelo judaico através de gerações até chegar, de forma familiar, a todo maçom.

Para os hebreus de antigamente, a palavra “irmão” apresentava significado bem definido, Jerusalém não era apenas a Capital civil, mas também uma entidade espiritual. Em algumas ocasiões, práticas religiosas eram celebradas no Templo de Salomão. Era um período feliz, pois todos os judeus reconheciam a sua comum irmandade e “habitavam em união” na Cidade Sagrada para onde todos convergiam.



Mais do qualquer outro povo, os judeus davam importância à unidade familiar. Os filhos nunca deixavam a tenda do pai, mesmo quando nômades. Quando um rapaz se casava, outra tenda era levantada. Somente as moças eixavam o lar, para se mudar de seus maridos. Era o ideal da família, que “os irmãos habitassem em união”

Assim como os irmãos de sangue sentiam a necessidade de unir-se em torno do Templo Familiar, entende-se que a filosofia maçônica tomou como exemplo essa experiência, para ensinar seus membros a estarem sempre juntos como única família, constituindo o seu Templo Espiritual. Quando é lido o versículo do Salmo no momento do Ritual de abertura da Loja, esse texto atua em todos os Irmãos presentes, como unificador das mentes em torno do grande objetivo comum, pois neste momento constitui-se uma obra de criação a Gloria do SADU.

É fácil compreender a razão por que foi escolhido este Salmo para representar nossa união, quando da abertura dos Trabalhos no Grau de Aprendiz. Ele encerra o símbolo do “AMOR FRATERNAL”.

Os Irmãos que Davi se refere são, provavelmente, o povo de Israel, divididos em suas tribos entre Hermon e Sião (limites de Israel), mas todos vivendo em união




 IRMÃO GILDO GOUVEIA


 

Esse trabalho foi apresentado anteriormente  pelo Ir... Uarlei de Oliveira Soares na ARLS Universitária Patos de Minas n. 3489 Patos de Minas – MG 

Caderno de Estudos Maçônicos

III Encontro de Estudos realizado em Sessão Ordinária do Grau de Aprendiz Maçom da ARLS União Acadêmica do Alto Paranaíba, no 4.049 - Araxá


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