quinta-feira, 29 de agosto de 2019

TRABALHO APRESENTADO PELO IRMÃO LUIZ LUCIANO

No dia 27 de Agosto de 2019 , o Irmão Segundo Vigilante Luiz Luciano Garcia apresentou na Loja Maçônica Alpha e Ômega o trabalho abaixo : 




IRMÃO LUIZ LUCIANO



O GRAU DE COMPANHEIRO
O Grau de Companheiro possui uma característica bastante forte de participação, de ação e criação em grupo, possibilitando o exercício da fraternidade com plenitude e ampliando a visão espiritual sobre a vida material. 
Usando a trolha, símbolo da indulgência, o Companheiro unirá as pedras cúbicas pela argamassa da irmandade, lançando o reboco e corrigindo as Arestas.
O Grau 2, tem como objetivo o estudo das Ciências
Naturais, da Cosmologia, da Astronomia, da Filosofia, da História e a investigação da origem de todas as causas de todas as coisas.

Dedica-se ao estudo dos símbolos, e, como o faz o 1º Grau, procura conhecer o homem como ser útil na sociedade, buscando colocá-lo a serviço da humanidade para semear bem-estar através do trabalho, da ciência e da virtude.
O Aprendiz Maçom que conclui seu tempo no estágio que lhe foi proposto, julga ter estudado e absorvido os ensinamentos de todos os símbolos que encontrou dentro do Templo, contudo verificará que, ao passar para o 2º Grau, surgem novos símbolos e novas interpretações.
O seu caminho será um pouco mas preciso e filosófico prático, sem obviamente, somar profundos conhecimentos maçônicos, exigidos gradativamente em sua elevação e posterior exaltação ao 3º Grau.
O trabalho é uma característica primordial da Maçonaria, mas é no Grau de Companheiro, que a ele se dedica, às ciências, à filosofia e às artes, ouvindo sempre, falando quando necessário e trabalhando bem e muito, dentro dos melhores princípios maçônicos.
O Companheiro exalta o trabalho, impõe ação aos instrumentos colocados à sua disposição, como o maço e o cinzel, a régua, o compasso e o esquadro, o prumo e o nível, aprendendo a manejá-los com habilidade e dedicação, buscando;


A abundância de espigas de trigo;


Transformando em Pedra Cúbica a Pedra Bruta que já desbastara; 
Escalando a escada do aprimoramento espiritual; 
Lançando-se às profundezas dos mistérios de sua existência; 
Conhecendo o significado da letra “G”, vendo e sentindo a Estrela Flamejante.   
                                                                                   
Por ser o grau intermediário dentro da Maçonaria Simbólica, assume relevante posição. 
Ser Companheiro, significa: Ser o laço de união entre o Aprendiz e o Mestre.
Não sendo mais Aprendiz e sem ter alcançado a posição de Mestre, o Companheiro coloca-se como se fora o fiel de uma balança imaginária, equilibrando posições, aspirações e tendências.
A alegria e o pensamento positivo devem acompanhar o Companheiro na construção do Templo e, maior será essa alegria, quando houver a descoberta que a construção é, na verdade, um processo de transformação, no qual, a cada pedra assentada, as virtudes vão substituindo os vícios; o espírito vai tomando o lugar da matéria; a fraternidade, pois o trabalho não deve ser apenas solitário, vai se sobrepondo ao individualismo e à vaidade !

Apresentado pelo Ir.’. Luiz Luciano Garcia.
A.’.R.’.L.’.S.’. Alpha e Ômega
Uberlândia, 27 de Agosto de 2019.

Fonte: https://blogdojovemaprendiz.wordpress.com/2015/08/08/o-grau-de-companheiro/
Postado em 08 de agosto de 2015, atualizado em 26 de fevereiro de 2016, por Ir.’. 
Valte

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segunda-feira, 26 de agosto de 2019

TRABALHO APRESENTADO PELO IRMÃO MÁRCIO PATRÍCIO

No dia 13 de Agosto de 2019, o Irmão Márcio Patrício Gonçalves da Silveira apresentou na Loja Maçônica Alpha e Ômega o trabalho abaixo : 


IRMÃO MARCIO PATRICIO


A IMPORTÂNCIA DO DESAPEGO

O apego é uma forma de dependência emocional e acaba sempre levando
ao sofrimento. Apego aos filhos, à profissão, a alguma situação de vida, a
um relacionamento, à resolução de algum problema. Quanto maior o
apego, maior a ansiedade e a necessidade de controlar as pessoas e
situações para que possamos ter uma temporária sensação de paz,
satisfação ou felicidade. É, na verdade, uma prisão emocional. O nosso
bem-estar, deixa de ficar nas nossas mãos.

O apego é visto, muitas vezes, como algo positivo, como se fosse sinal de
cuidado. A preocupação com alguma situação é uma manifestação do
apego. Tem gente que não se permite relaxar diante de algo que ainda
não foi resolvido porque acha que isso seria uma forma de desleixo e,
assim, não consegue se desapegar.
Desapego é diferente de desinteresse ou de “não estar nem aí”. Se
desapegar significa ficar em paz, mesmo enquanto acontece algo que
desejaríamos que fosse diferente ou enquanto algo não foi resolvido. É o
abrir mão de controlar as situações da vida, as quais não temos
realmente nenhum controle, mas agimos como se tivéssemos. Podemos
permanecer cuidadosos, porém, sem qualquer tipo de apego.
Quando dissolvemos as preocupações e a necessidade de controle,
ficamos em paz, independente, dos resultados externos. O mais
interessante é que quanto maior o desapego, mais as coisas tendem a
funcionar bem.
A energia do apego acaba atrapalhando relacionamentos e afastando as
pessoas. Quem se comporta dessa forma sofre mais rejeição. O apego,
atrapalha também a resolução de situações.
Talvez já tenha acontecido, em algum momento da sua vida, o seguinte:
Você se preocupa muito com alguma coisa, deixa de dormir, faz de tudo
e nada se resolve. Depois, cansado de sofrer, você simplesmente deixa
de se preocupar com a situação, relaxa e entrega. O que tiver que ser,
será. Nesse momento, sua paz interior não mais depende do resultado,
pois você agora já está em paz. E depois desse relaxamento, a situação
acaba se resolvendo. Será coincidência? Eu acredito que não. As coisas
vêm com menos esforço quando já estamos em paz.
Nesse estado de desapego é mais fácil ter ideias e tomar iniciativas. A
motivação não está mais ligada a sentimentos negativos. Assim, a ação é
livre de tensões e, por isso, se torna mais eficiente.

Quem estuda e pratica a lei da atração deve estar familiarizado com os
seguintes passos:

1. Visualizar aquilo que se deseja como se já fizesse parte da sua
realidade;
2. Gerar sentimentos positivos em torno da visualização como se já
estivesse usufruindo dos resultados agora;
3. Entregar os resultados, ou seja, desapegar 100% se vai acontecer ou
não e ficar em paz.
Este último passo pode parecer confuso para alguns, mas é muito
importante. O que está por trás disso é a sabedoria de que nossa paz
interior e felicidade não devem depender de situações externas e que
quanto mais felizes somos no presente, mais conseguiremos realizar
nossos desejos sem esforço. Os desejos deixam de ser “necessidades”.
Tornam-se apenas como um jogo, uma brincadeira, sem tensão,
dependência ou medo.

Pela lei da atração, atraímos aquilo que sentimos. A vibração da
necessidade de que aconteça uma determinada coisa é uma vibração de
escassez, de que falta algo. Então a tendência é atrairmos mais escassez,
o que acaba afastando aquilo que desejamos.
Nos relacionamentos, o apego é interpretado por muitos como um sinal
de amor e cuidado pelo outro, mas o que acaba ocorrendo é um jogo de
manipulação devido a essa dependência emocional. Existe sempre muito
medo inconsciente por trás desse jogo. O sofrimento vem em algum
momento, pois não é possível controlar os pensamentos, sentimentos e
atitudes de outras pessoas.

Quando nos desapegamos dos nossos relacionamentos, ficamos mais
seguros e acabamos transmitindo isso, o que nos torna pessoas mais
interessantes. O outro lado se sente mais atraído.

Texto de André Lima

Apresentado pelo IR.’. Márcio Patrício


segunda-feira, 19 de agosto de 2019

DIA DO MAÇOM 2019







Origem do Dia dos Maçons
De acordo com a história maçônica, no dia 20 de Agosto de 1822 aconteceu uma sessão histórica entre as Lojas de Maçonaria "Comércio e Artes" e "União e Tranquilidade", na cidade do Rio de Janeiro.
Na ocasião, o Irmão Gonçalves Ledo teria feito um discurso emocionante e inspirador, pedindo a Independência do Brasil ainda naquele ano.
Gonçalves Ledo, considerado o integrante de maior destaque na maçonaria brasileira, era também um jornalista e político liberal, portanto, tinha influência na sociedade da época.
A ideia de Gonçalves foi aprovada por todos os irmãos naquela reunião e registrada na ata do Calendário Maçônico no 20º dia, do 6º mês do ano da Verdadeira Luz de 5.822.
Esta data, convertida para o calendário gregoriano (o que é usado na maioria dos países ocidentais), seria equivalente ao dia 20 de Agosto de 1822.
Teria sido por impulso da sociedade maçônica que o Príncipe Regente Dom Pedro I teria proclamado a Independência do Brasil no dia 7 de Setembro de 1822 (menos de um mês depois da grande reunião no Rio de Janeiro).
A data oficial foi registrada no artigo 179 da Constituição do Grande Oriente do Brasil, tornando o dia 20 de Agosto o Dia do Maçom Brasileiro.
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quinta-feira, 15 de agosto de 2019

DIA DOS PAIS 2019 ALPHA E ÔMEGA

Dia 13 de Agosto de 2019, a Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul Alpha e Ômega realizou uma descontraída homenagem ao Dia dos Pais . 
O salão de festas da Loja estava com um animado clima , musica ao vivo que proporcionou um ambiente de muito alegria . 
O Irmão Domício  e a Cunhada Wilma , organizaram uma animada brincadeira onde cada Irmão presente reconhecia em uma mesa já preparada as fotos de seus filhos quando criança . 
O Venerável Mestre Anderson Cardoso Costa agradeceu a Fraternidade Feminina em nome de todos Irmãos homenageados  e pela recepção carinhosamente preparada que foi acompanhada por um excelente jantar  . 



Abaixo fotos do evento :

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

TRABALHO APRESENTADO PELO IRMÃO MARCO AURELIO FERREIRA DANTAS

Dia 06 de Agosto de 2109 o Irmão Marco Aurélio Ferreira Dantas apresentou na Loja Maçônica Alpha e Ômega  o trabalho abaixo : 

IRMÃO MARCO AURÉLIO


 Estudar, compreender, aprender, sentir. Talvez estas fases possam ser consideradas um dos principais desafios ao iniciado.

 A maçonaria tem entre seus iniciados o juramento de livre espontânea vontade de nunca revelar os segredos ou mistérios da maçonaria, e isto faz com que haja muitas literaturas especulativas e as vezes divergentes sobre o tema dificultando as explorações dos aprendizes.
 Porém é da natureza humana a constante busca pelo conhecimento e crescimento. Sob esta mesma ótica, é oportuno ressaltar que no caso do maçom há à constante busca pela perfeição. 
 Através desse trabalho, tenho desejo de apresentar, de forma resumida e não terminada, o estudo realizado sobre o Pavimento mosaico.
 Em todas as lojas maçônicas regulares está presente, um Pavimento mosaico, constituído por um conjunto de quadrados brancos e negros colocados alternadamente entre si.

 O simbolo remete claramente para dualidade, mas também para harmonia entre os opostos. O dualismo provem das antigas tradições humanas. 
A civilização Suméria dotava o seus templos de piso em pavimento mosaico, que só podia ser pisado pelos sacerdotes no mais alto grau da hierarquia e só em dias de eventos importantes.
 Convencionou-se que o Santo dos Santos do Templo de Salomão teria um Pavimento Mosaico.
 O embasamento para apresentação deste trabalho é a diversidade humana e o princípio da dualidade, ou seja, duas forças.

 Este princípio me remete, naturalmente, a minha iniciação. Me faz pensar no aprendizado que já adquiri, e que continuarei adquirindo, e nas dificuldades enfrentadas, e que continuarei enfrentando na maçonaria.
 As duas forças visíveis no pavimento mosaico através das cores preta e branca que expõe a dualidade de tudo que existe no universo,e descrevem as duas forças fundamentais, opostas e complementares, que se encontram em todas as coisas. 
 É possível percebermos a claridade e a escuridão no mundo em que vivemos.

 Mundo este de opostos. Dia e noite, bem e mal, rico e pobre, sono e vigília, bonito e feio, sábio e ignorante, prazer e dor, grande e pequeno, saudável e doente, luz e obscuridade, calma e pressa, virtude e vicio, tolerância e prepotência, união e desarmonia, calor e frio, feliz e triste, êxito e fracasso, amor e ódio, ordem e desordem, certo e errado, vida e morte, humildade e orgulho, razão e emoção, dentre outros.
 O perigo na dualidade é quando ela se torna polarizada em julgamentos e crenças em nossos pensamentos. 
 Ainda que represente lados opostos, as partes que compõem o Pavimento, quando analisadas como um todo, se completam e harmonizam, numa nítida representação de igualdade e união. 
Por isso, proponho um olhar sobre a não- dualidade, ou seja, “não dois”. Enquanto a dualidade pretende diferenciar a não-dualidade pretende unir. 
 O olhar sob a ótica da não-dualidade é importante para entendermos que essencialmente somos todos Um.

 Isso significa nos unirmos com tudo e todos, até mesmo com o que ou quem não prezamos.
 Para a evolução e para a busca da perfeição é necessário que as “duas forças” interajam.
 O desafio é buscar o equilíbrio entre “as duas forças”. Não precisamos ser iguais para ser Irmãos. As diferenças, quando conhecidas, são válidas e necessárias.
 Ao observarmos o pavimento mosaico, independentemente de seu formato, percebemos que as duas cores são ligadas umas às outras. Isto nos faz pensar de que mesmo sendo diferentes em raça, credo ou cor, somos iguais perante o Supremo Arquiteto do Universo. 
 Praticar a igualdade e a justiça, mesmo diante de tantos opostos extremos, é certamente um exercício contínuo.
 Seguramente, em alguns momentos, agimos no quadrante de cor preta e em outros, no de cor branca.
 Pavimento mosaico recorda-nos assim que a vida é feita de contrastes, de forças opostas que se influenciam entre si, e que é através dessa influência mútua que ocorre a mudança, o avanço, a evolução.
 Nesse sentido, o bem, por si só é estático e estéril. O bem só evolui em confronto com o mal. É desse confronto entre ambos que resulta algo, é esse confronto bipolar que é fecundo. Aliás, em bom rigor, só podemos definir o bem em confronto com o mal, tal como necessitamos da sombra para bem aprender o que é a luz.

 A humanidade só evolui porque sempre necessitou de se confrontar com o perigo, com a fome, com a necessidade, em suma, com o mal, e teve de superar todos os sucessivos obstáculos para atingir sucessivos patamares de bem, de satisfação, sempre confrontada com novos perigos, obrigando a novas superações.
 É ao superar os sucessivos obstáculos com que se depara que o homem se supera a si mesmo.
 O Pavimento Mosaico não é um espaço estático. É um caminho com luzes e sombras, com espaços agradáveis e veredas desagradáveis, com seguranças e perigos. Ficar num quadrado branco e dele não sair, não leva a lado nenhum...
 É necessário enfrentar a dualidade com que nos deparamos, suportar a polaridade inerente a tudo que nos rodeia e, afinal, inerente a nós próprios e... fazer-nos à vida!
 Se tomarmos mais opções certas do que erradas, teremos mais sinteses brancas do que negras e desbravaremos um caminho de avanço.
 Se ou quando ( porque é quase que inevitável que esse quando, muito ou pouco, cedo ou tarde, sempre apareça...) enveredamos por opções erradas, acabamos por cair em sombria síntese e deparar com retrocesso e não com desejado progresso.
 Mas ainda assim, a solução não é ficar onde se foi parar, com receio de nosso retrocesso: é prosseguir com nova síntese, efetuar nova opção, desejávelmente que se revele boa, para melhor sorte nos caber.
 E assim, em perpétuo movimento, em continua progressão de inesgotáveis sínteses, o homem avança desde a sua tese inicial até a sua derradeira síntese... que, do outro lado da cortina descobrirá que não foi um fim, mas apenas um novo recomeço, uma nova tese para, noutro plano, se confrontar com fecunda antítese...
 Um simples pavimento mosaico serve de ponto de partida para a mais profunda especulação. Basta atentar de meditar e estudar e trabalhar dentro de si mesmo, juntando a intuição à razão ( outra dualidade; ou melhor, polaridade, de fecunda potencialidade...)
 O Pavimento Mosaico, se atentarmos na sua perspectiva dinâmica, recorda sempre ao Maçon que o principal do seu trabalho não se efetua na loja, na execução do ritual, na realização de tarefas de Oficial, na discussão de pontos de vista.

 O principal do seu trabalho faz-se no confronto de si consigo mesmo, no uso frequente e equilibrado das duas grandes ferramentas de que dispõe naturalmente, a sua Razão e a sua Intuição, para trilhar sozinho o seus caminhos e descobrir que, afinal, encontra frequentemente outros nos cruzamentos a que vai chegando.
 Por isso, o maçom deve reservar sempre em uma parte do seu dia para efetuar a mais fecunda atividade que pode efetuar: pensar, meditar, especular.
 A maçonaria tem me proporcionado um aprendizado singular - olhar “as coisas” já vistas com outro olhar. Não tenho a preocupação em validar o certo ou errado mas sim o justo. O simbolismo da Maçonaria Impressiona pela beleza, pelos mistérios e pela simplicidade de seus significados - uma simplicidade não percebível antes de fazer Parte da Ordem.
 Obviamente que isto não me faz (e não nos faz) melhor do que os outros, mas sim, diferentes.
 Com o estudo da representatividade do Pavimento Mosaico foi possível compreender que a Dualidade se difere da não- Dualidade por uma linha tênue.
 Os lados opostos inexistem sem os dois lados. As pessoas inexistem em sua totalidade, sem as outras pessoas. 
Ser maçom significa não ser estático. 
Talvez permanecer somente em um quadrante branco, não seja suficiente para busca da perfeição. Transitar para o quadrante preto, por mais difícil que possa ser é inevitável.
 Cabe a cada um de nós, aprender com os opostos. Cabe a cada um de nós aprender no decorrer da nossa vida, desde a formação familiar, na convivência social, na formação e relações profissionais, e após a iniciação no convívio com os irmãos. 

Imagens da Internet

Marco Aurélio Ferreira Dantas
CIM 314784

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

TRABALHO APRESENTADO PELO IRMÃO ANDRÉ LUIZ BORGES

No dia 30 de Julho de 2019 o Irmão Deputado Federal André Luiz Borges apresentou o trabalho abaixo : 



IRMÃO ANDRÉ LUIZ BORGES


ESTUDANDO A ARROGÂNCIA 


“Não procureis, pois, na Terra, os primeiros lugares, nem vos colocara acima dos outros, se não quiserdes ser obrigados a descer. Buscai, ao contrário, o lugar mais humildade e mais modesto, porquanto DEUS saberá dar-vos um mais elevado no Céu, se o merecerdes.”
                                                                Evang.Segundo o Espiritismo – cap. VII – item 6

 “E chegou a Cafarnaum e, entretanto em casa, perguntou-lhe: Que estáveis vós discutindo pelo caminho? Mas eles calaram-se; por que pelo caminho tinham disputado entre si qual era o maior.”

 (Marcos 9:33 e 34)

 O reflexo mais saliente do ato de arrogar é a disputa pela apropriação da Verdade. É com base nesse estado orgulhoso de ser que sustentamos o velho processo psíquico da autofascinação com o qual nutrimos exacerbada convicção nas opiniões pessoais, especialmente em se tratando das intenções e atitudes do próximo. 
Na raiz desse mecanismo psicológico encontra-se a neurótica necessidade de sentirmos superiores uns em relação aos outros, a disputa.
 (Os chineses dizem para gente arrogante (prestem atenção) que quando uma partida de xadrez termina, independente do resultado, o peão e rei vão para a mesma caixinha, os dois são guardados na mesma caixinha.) 

O orgulho é o sentimento de superioridade pessoal e a arrogância é a expressão doentia desse traço moral.
 A mais destruidora atitude na convivência humana é nossa arrogância em acreditar convictamente no julgamento que fazemos acerca de nosso próximo. Quase sempre somos assaltados por velhos ímpetos arquivados na bagagem da vida afetiva que nos inclinam a atitudes de invasão e desrespeito para com o semelhante. 
O que faz uma pessoa importante é a sua capacidade de servir, realizar. 

JESUS é o grande exemplo de servidor.

 Nossa grande dificuldade reside em desconhecer nosso real “tamanho evolutivo”. Não sabemos quem somos e partimos para adotar referências para fora de nós.
 Humildade é saber quem se é. Nem mais, nem menos. 
Porque essa compulsão por ser o primeiro em uma obra que não nos pertence? Na obra de MAÇONICA há tarefas e lugares para todos.

 A expressividade da responsabilidade na Obra Maçônica obedece a dois fatores: necessidade de remissão perante a consciência e merecimento adquirido pela preparação. Em ambas as situações predomina uma só receita para o aproveitamento da oportunidade: o esforço, sacrifício, renuncia e humildade.
 Sobre os ombros daqueles que realçam e brilham no movimento maçônico pesam severos compromissos interiores perante suas consciências. Compromissos que, certamente, não dariam conta por agora. Portanto, repensemos nosso foco sobre quantos estejam assoberbados com tarefas de realce, analisando seus caminhos como espinhosa senda corretiva, repleta de desafios e inquietantes angústias na alma.

 Não existem pessoas mais ou menos valiosas no serviço de implantação do bem na Terra. Existem resultados mais abrangentes e expressivos que outros, no entanto, não conferem privilégios ou são sinônimos de sossego interior aos seus autores. 
Uma das mais graves angustia dos maçons é a revolta que nutrem contra si mesmos quando conscientizam não serem tão essenciais e importantes quando supunham. 
O que tenho feito dos bens celestes e a mim confiados? Cargos, recursos financeiros, influencia pelo verbo, a arte de escrever, o talento de administrar, a força física, a saúde, a inteligência, enfim todos os bens com os quais podemos enriquecer nossa caminhada de espiritualização.
 Estarei os utilizando para o crescimento pessoal e de outros?
 Consigo perceber minha melhora no uso desses recursos?
 A diluição dos efeitos da arrogância em nós depende dessa atitude honesta em lidar com os sentimentos que orbitam na esfera desse reflexo cristalizado no campo mental. 

Honestidade emocional inicia-se com as perguntas: 

(REFLEXÃO) 

Por que estou sentindo o que estou sentindo? 
Qual o nome desse sentimento? 
Qual a mensagem que o meu coração está me indicando?
 Estarei disputando com alguém nas atividades?
 O que penso de meu semelhante será realmente verdade?
 Por qual razão alguém me causa o sentimento de inveja?
 Por que me sinto diminuído perante uma determinada criatura? 
A outra face da arrogância é a baixa autoestima.
 O sentimento de indignidade é o reverso da arrogância.

 “Os homens quando se houverem despojados do egoísmo que o domina, viverão como irmãos, sem se fazerem mal algum, auxiliando-se reciprocamente, impelidos pelo sentimento mutuo de solidariedade. Então o forte será o amparo e não o opressor do fraco e não mais serão vistos homens a quem falte o indispensável, porque todos praticarão a Lei da Justiça. Esse o reinado do bem, que os Espíritos estão incumbidos de preparar.”
 (Livro dos Espíritos – questão 916)



Para reflexão: O que sou eu? Eu sou 1 entre outros 7 bilhões de humanos de uma única espécie, entre outras 3 milhões de espécies já classificadas, que vive num planetinha que gira em torno de uma estrelinha, que é o sol, que é uma estrela entre outras 100 bilhões de estrelas que compõe a Via Láctea, que é uma galáxia entre outras 200 bilhões de galáxias, num dos universos possíveis, que vai desaparecer. Então, eu sou o “subtreco do vice troço”.


 André Borges∴ / julho de 2019.

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