No dia 15 de Outubro de 2019, com o acompanhamento do Irmão Segundo Vigilante Marcos Ferreira Vasconcelos, o Irmão Marco Aurélio apresentou um trabalho com o objetivo de avaliação para mudança de grau.
IRMÃO MARCO AURÉLIO
O TRONCO DE BENEFICÊNCIA
Existem relatos que creditam a origem
deste procedimento como remanescente ao tempo em que foi construído o templo de
Salomão, onde ferramentas, projetos, documentos e pagamento dos obreiros eram
colocados dentro das colunas do templo, que eram ocas exatamente para esta
finalidade.
O pagamento de companheiros e
aprendizes origina-se da tradição de retirar do interior do tronco das colunas
o salário a que faziam jus.
O Tronco de Beneficência tem origem
na França, pois em francês, a palavra “tronc” tanto significa tronco de árvore
como caixa de esmolas; na Maçonaria seu nome primitivo era Tronco da Viúva, ou
seja, uma caixa de esmolas destinada a atender aos necessitados carentes, uma
vez que os metais depositados no Tronco de Beneficência são destinados às obras
assistenciais da loja. Sua origem remonta às Corporações de Ofício, quando a
Maçonaria era operativa.
O giro do Tronco de Solidariedade não
deve ser simbólico, ou seja, simplesmente para atender uma tradição
ritualística, pois este é um momento de exercício da caridade, do carinho da
oferta, que deve ocorrer com bondade e convicção.
Esse ato de ofertar se realiza pela
evolução espiritual da Fraternidade, ajudar sem olhar a quem.
Sempre precisa haver razão válida, de
real valor humanitário para se efetuar algum socorro. E esta ajuda é feita
muitas vezes de tal maneira que o beneficiado sequer sabe de onde vem o
recurso, é feita também de tal forma que não humilhe aquele; tem somente o
objetivo de amenizar o sofrimento de quem realmente necessita.
Também o Tronco é uma fonte, da qual
os IIr.'. podem extrair vibrações positivas necessárias ao fortalecimento do
espírito da caridade, capazes de exercer transformações na natureza espiritual
do ser humano.
Representação Espiritual:
Visão espírita:
Bônus-hora – Definido por André Luiz
como sendo uma espécie de crédito relativo a cada hora de serviço em benefício
da humanidade, o bônus-hora exerce na vida em “Nosso Lar” um papel importante.
O caso da mulher que depois de seis anos em “Nosso Lar”,
só apresentava 304
bônus-hora, é nesse sentido expressivo. Ela queria ajudar os filhos encarnados
na Terra, mas lhe faltavam condições efetivas e méritos, porque todos os serviços
que Clarêncio lhe sugeria foram por ela recusados. Tendo preferido, ao
trabalho, o descanso nos Campos de Repouso, faltavam-lhe agora bônus-hora
suficientes para
interceder pelos parentes. (cap. 13,
pp. 76 a 78)
Visão Budista:
Karma Positivo: Primeiro devemos esclarecer que tudo o que
descobrimos e desenvolvemos em uma vida ficam conosco como uma "caixa
preta" para a próxima vida. Nosso aprendizado e consciência permanecem
como uma tatuagem em nossos corpos mais sutis. É como se trouxéssemos uma sabedoria
inata, que certamente foi construída no decorrer de todas as vidas
antecedentes.
Esse é o que chamamos de carma positivo.
É a sutil diferença que está nessa última frase “pagar por
algo que não fiz”. Carma significa exatamente o contrário: “colher por algo que
fez”. Em sua distante origem – no sânscrito, uma língua ancestral já extinta,
carma queria dizer “ação”. Ou, por extenso, “tudo o que nos acontece é o
resultado de algo que fizemos”. O nosso carma, então, não é um aleatório jogo
de sorte e azar, é uma simples questão de causa e efeito.
Visão Católica:
"Bom Mestre, que farei para herdar a vida
eterna?" (Lc18.18).
Jesus disse o que ele deveria fazer: vender tudo o que
tinha e segui-me. Como o jovem era muito rico, não atendeu o conselho de Jesus
e perdeu a chance de entrar no céu. Também havia pessoas que nem estavam à
procura do céu, mas, ao terem um encontro com Jesus, aprenderam acerca da vida
eterna, e imediatamente aproveitaram a oportunidade.
Zaqueu ansiava apenas ver a Jesus, mas obteve muito mais do
que esperava. No final da visita do Senhor à sua casa, Zaqueu encontrou o
caminho para o céu.
Conclui-se que o Tronco de
Solidariedade ou Beneficência aplica-se com dois propósitos.
O primeiro é o sentido de
solidariedade existente entre os Maçons.
O segundo é a responsabilidade social
que une, em um só desejo, uma só ação, indivíduos de diferentes culturas,
crenças ou filosofias, com um único objetivo de ajudar os desafortunados pela
sorte.
É uma oportunidade silenciosa que o
Maçom, na condição de construtor social, recebe para elevar o pilar da
solidariedade, porém percebe aquele cujas janelas da alma encontram-se ao bem
moral. Já que:
“Pequenas ações que realizamos são melhores do que as
grandes que planejamos.”
Não colaborar com o ato litúrgico do
tronco de solidariedade é o mesmo que fugir da prática da caridade e torna o
maçom indigno de exercer todos os demais privilégios maçônicos.
E se possuir posses que lhe permitam
fazê-lo, e não o faz, torna-se desonesto para consigo mesmo, pois poderá ser
ele próprio o beneficiário daquele óbolo que coloca na bolsa.
Se não colabora
por vaidade ou avareza o seu caráter não é bom, ele deve desconfiar que tenha
algo errado consigo mesmo.
O 'Tronco de Solidariedade" é de fundamental
importância, pois, o socorro aos necessitados depende da consciência de cada
irmão. É sempre bom lembrar que cada um tijolo se une a outros tijolos e,
juntos, erguem uma casa. Uma brasa se une a outras brasas e, juntas, mantêm o
fogo aceso. Uma mão se une a outras mãos, e, juntas executam o serviço.
Um
passo se une a outros passos e, juntos, chegam ao destino. Por isso que juntos
somos capazes de realizar.
Ir.’. Marco Aurélio Dantas
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