APRESENTADO PELO IRMÃO ANDRÉ LUIZ BORGES EM 01/07/2014
“E chegou a Carfanaum
e, entrando em casa, perguntou – lhe: Que estáveis vós discutindo pelo caminho?
Mas eles calaram-se; por que pelo caminho tinha disputado entre si qual era o maior.”
(Marcos CAP 09 VERS. 33 e 34)
O reflexo mais saliente
do ato de arrogar é a disputa pela apropriação da Verdade.
È com base nesse
estado orgulhoso de ser que sustentamos o velho processo psíquico da
autofascinação com o qual nutrimos exacerbada convicção nas opiniões pessoais,
especialmente em se tratando das intenções e atitudes do próximo.
Na raiz desse
mecanismo psicológico encontra-se a neurótica necessidade de sentirmos
superiores uns em relação aos outros, a disputa.
O orgulho é o
sentimento de superioridade pessoal e a arrogância é a expressão doentia desse
traço moral.
A mais destruidora
atitude na convivência humana é nossa arrogância em acreditar convictamente no
julgamento que fazemos acerca de nosso próximo.
Quase sempre somos
assaltados por velhos ímpetos arquivados na bagagem da vida afetiva que nos
inclinam a atitudes de invasão e desrespeito para com o semelhante.
O que faz uma pessoa
importante é a sua capacidade de servir, realizar.
JESUS é o Grande
exemplo de servidor.
Nossa grande
dificuldade reside em desconhecer nosso real “tamanho evolutivo”.
Não sabemos quem
somos e partimos para adotar referências para fora de nós.
Humildade é saber
quem se é. Nem mais, nem menos.
Porque essa compulsão
por ser o primeiro em uma obra que não nos pertence? Na obra MAÇÔNICA há
tarefas e lugares pra todos.
A expressividade da
responsabilidade na Obra Maçônica obedece a dos fatores: necessidade de
remissão perante a consciência e merecimento adquirido pela preparação. Em
ambas as situações predomina uma só receita para o aproveitamento da oportunidade:
o esforço, sacrifício, renuncia e humildade.
Sobre os ombros
daqueles que realçam e brilham no movimento maçônico, pesam severos
compromissos interiores perante suas consciências. Compromissos que, certamente,
não dariam conta por agora. Portanto, repensemos nosso foco sobre quantos esteja
assoberbado com tarefas de realce, analisando seus caminhos como espinhosa
senda corretiva, repleta de desafios e inquietantes angustiam na alma.
Não existem pessoas
mais ou menos valiosas no serviço de implantação do bem na Terra. Existem
resultados mais abrangentes e expressivos que outros, no entanto, não conferem privilégios
ou são sinônimos de sossego interior aos seus autores.
Uma das mais graves
angustia dos Maçons é a revolta que nutrem contra si mesmos quando
conscientizam não serem tão essenciais e importantes quanto supunham.
O que tenho feito dos
bens celestes a mim confiados? Cargos, recursos financeiros, influência pelo verbo,
a arte de escrever, o talento de administrar, a força física, a saúde, a inteligência,
enfim todos os bens com os quais podemos enriquecer nossa caminhada de espiritualização.
Estarei os utilizando
para o crescimento pessoal e dos outros?
Consigo perceber
minha melhora no uso desses recursos?
A diluição dos
efeitos da arrogância em nós depende dessa atitude honesta em lidar com os
sentimentos que orbital na esfera desse reflexo cristalizado no campo mental.
Honestidade emocional
inicia-se com as perguntas:
(REFLEXÃO)
·
Por que
estou sentindo o que estou sentindo?
·
Qual o
nome desse sentimento?
·
Qual a
mensagem que o meu coração está me indicando?
·
Estarei
disputando com alguém nas atividades?
·
O que
penso de meu semelhante será realmente verdade?
·
Por qual
razão alguém me causa o sentimento de inveja?
·
Por que
me sinto diminuído perante uma determinada criatura?
A outra face da arrogância é a baixa auto estima.
O sentimento de indignidade é o reverso da arrogância.
“Os homens quando se houverem despojados do egoísmo que o domina, viverá
como irmãos, sem se fazerem mal algum, auxiliando-se reciprocamente, impelidos
pelo sentimento mútuo de solidariedade. Então o forte será o amparo e não o
opressor do fraco e não mais será vistos homens a quem falte o indispensável,
porque todos praticarão a Lei da Justiça. Esse o reinado do Bem, que os
Espíritos estão incumbidos de preparar,”.
(Livro dos Espíritos – questão 916)
André Luiz Borges / Julho de 2014
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