sábado, 5 de julho de 2014

ESTUDANDO A ARROGÂNCIA



APRESENTADO PELO IRMÃO ANDRÉ LUIZ BORGES EM 01/07/2014




“E chegou a Carfanaum e, entrando em casa, perguntou – lhe: Que estáveis vós discutindo pelo caminho? Mas eles calaram-se; por que pelo caminho tinha disputado entre si qual era o maior.”


(Marcos CAP 09 VERS. 33 e 34)



O reflexo mais saliente do ato de arrogar é a disputa pela apropriação da Verdade.

È com base nesse estado orgulhoso de ser que sustentamos o velho processo psíquico da autofascinação com o qual nutrimos exacerbada convicção nas opiniões pessoais, especialmente em se tratando das intenções e atitudes do próximo.

Na raiz desse mecanismo psicológico encontra-se a neurótica necessidade de sentirmos superiores uns em relação aos outros, a disputa


O orgulho é o sentimento de superioridade pessoal e a arrogância é a expressão doentia desse traço moral.

A mais destruidora atitude na convivência humana é nossa arrogância em acreditar convictamente no julgamento que fazemos acerca de nosso próximo.

Quase sempre somos assaltados por velhos ímpetos arquivados na bagagem da vida afetiva que nos inclinam a atitudes de invasão e desrespeito para com o semelhante.

O que faz uma pessoa importante é a sua capacidade de servir, realizar.

JESUS é o Grande exemplo de servidor.





Nossa grande dificuldade reside em desconhecer nosso real “tamanho evolutivo”.

Não sabemos quem somos e partimos para adotar referências para fora de nós.

Humildade é saber quem se é. Nem mais, nem menos.

Porque essa compulsão por ser o primeiro em uma obra que não nos pertence? Na obra MAÇÔNICA há tarefas e lugares pra todos.


A expressividade da responsabilidade na Obra Maçônica obedece a dos fatores: necessidade de remissão perante a consciência e merecimento adquirido pela preparação. Em ambas as situações predomina uma só receita para o aproveitamento da oportunidade: o esforço, sacrifício, renuncia e humildade.

Sobre os ombros daqueles que realçam e brilham no movimento maçônico, pesam severos compromissos interiores perante suas consciências. Compromissos que, certamente, não dariam conta por agora. Portanto, repensemos nosso foco sobre quantos esteja assoberbado com tarefas de realce, analisando seus caminhos como espinhosa senda corretiva, repleta de desafios e inquietantes angustiam na alma.

Não existem pessoas mais ou menos valiosas no serviço de implantação do bem na Terra. Existem resultados mais abrangentes e expressivos que outros, no entanto, não conferem privilégios ou são sinônimos de sossego interior aos seus autores.

Uma das mais graves angustia dos Maçons é a revolta que nutrem contra si mesmos quando conscientizam não serem tão essenciais e importantes quanto supunham.

O que tenho feito dos bens celestes a mim confiados? Cargos, recursos financeiros, influência pelo verbo, a arte de escrever, o talento de administrar, a força física, a saúde, a inteligência, enfim todos os bens com os quais podemos enriquecer nossa caminhada de espiritualização.

Estarei os utilizando para o crescimento pessoal e dos outros?

Consigo perceber minha melhora no uso desses recursos?

A diluição dos efeitos da arrogância em nós depende dessa atitude honesta em lidar com os sentimentos que orbital na esfera desse reflexo cristalizado no campo mental.

Honestidade emocional inicia-se com as perguntas:

(REFLEXÃO)


·        Por que estou sentindo o que estou sentindo?
·        Qual o nome desse sentimento?
·        Qual a mensagem que o meu coração está me indicando?
·        Estarei disputando com alguém nas atividades?
·        O que penso de meu semelhante será realmente verdade?
·        Por qual razão alguém me causa o sentimento de inveja?
·        Por que me sinto diminuído perante uma determinada criatura?

A outra face da arrogância é a baixa auto estima.

O sentimento de indignidade é o reverso da arrogância.


Os homens quando se houverem despojados do egoísmo que o domina, viverá como irmãos, sem se fazerem mal algum, auxiliando-se reciprocamente, impelidos pelo sentimento mútuo de solidariedade. Então o forte será o amparo e não o opressor do fraco e não mais será vistos homens a quem falte o indispensável, porque todos praticarão a Lei da Justiça. Esse o reinado do Bem, que os Espíritos estão incumbidos de preparar,”.

(Livro dos Espíritos – questão 916)



André Luiz Borges / Julho de 2014

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