Dia 21 de Outubro de 2025, durante Sessão Ordinária na Loja Maçônica Alpha e Ômega, o Irmão Otanes Barcelos Oliveira Neto ocupou o tempo de estudos e apresentou o trabalho abaixo :
CICLO DOS ANIMAIS
O zodíaco, que em grego significa ciclo dos animais, é uma faixa celeste imaginária, que se estende entre 8 a 9 graus de cada lado da aclíptica e que com essa coincide. Eclíptica é o caminho que o Sol, do ponto de vista da Terra, parece percorrer anualmente no céu.
Essa faixa foi dividida em 12 casas de 30 graus cada uma, e o Sol parece caminhar 1 grau por dia.
Os planetas conhecidos na antiguidade (Mercúrio a Saturno) também faziam parte do zodíaco, pois suas órbitas se colocavam no mesmo plano da órbita da Terra. O zodíaco então é dividido em doze constelações, que são percorridas pelo Sol, uma vez por ano.
Na maçonaria as colunas do zodíaco no templo simbolizam o homem em seu desenvolvimento, passando pela jornada de desenvolvimento da sua vida desde o nascimento até sua passagem para o oriente eterno, além desse temos também o significado exotérico de cada signo em seu corpo ressaltando sua conexão com o corpo do homem.
Dentro do templo, o zodíaco não é apenas um ornamento. As colunas zodiacais que vemos não estão ali por acaso. Elas representam a jornada do homem – desde o nascimento, passando pelo crescimento, pelas experiências, pelas lutas internas e externas – até o momento em que ele retorna ao Oriente Eterno. O caminho pelo zodíaco é, na verdade, o caminho de cada um de nós.
Cada signo do zodíaco também rege uma parte do corpo humano. Isso nos mostra que não somos separados do universo – pelo contrário, somos feitos da mesma matéria das estrelas. O que acontece lá em cima, também vibra aqui dentro.
Veja como cada signo conversa com o nosso corpo:
Áries: a cabeça – o impulso de nascer, de agir, de começar. O fogo que nos empurra pra frente.
Touro: pescoço e garganta – a voz, o sustento, a estabilidade. O prazer de estar no mundo.
Gêmeos: braços e pulmões – a comunicação, a troca, o sopro da vida.
Câncer: o peito e o estômago – o abrigo, o afeto, o alimento da alma e do corpo.
Leão: o coração – o centro, o brilho, o amor próprio e a coragem.
Virgem: o sistema digestivo – o cuidado, a organização, o detalhe, a saúde.
Libra: os rins e a lombar – o equilíbrio, a justiça, o outro, o espelho.
Escorpião: os órgãos sexuais – a morte e o renascimento, o mistério, a entrega.
Sagitário: as coxas – o movimento, a filosofia, o horizonte que se expande.
Capricórnio: os joelhos e os ossos – a estrutura, a responsabilidade, a escalada.
Aquário: tornozelos – a liberdade, o grupo, o novo que pulsa.
Peixes: os pés – a entrega, o fim do ciclo, o retorno à fonte.
O corpo, como o templo, guarda segredos. E o zodíaco é uma das chaves para acessá-los.
O “ciclo dos animais” – essa espiral sagrada que nos envolve desde o momento em que respiramos pela primeira vez – é muito mais do que um mapa astral ou um conjunto de símbolos antigos. Ele é o roteiro silencioso da alma em sua jornada pela matéria. É o convite do céu para que olhemos para dentro.
Assim como o Sol caminha pelas constelações, o iniciado caminha por dentro de si.
Cada signo, cada parte do corpo, cada experiência – tudo isso nos aponta para uma mesma direção: o centro. E o centro é o lugar onde céu e terra se encontram. Onde o homem se reconhece não como um simples espectador do universo, mas como parte viva dele.
Talvez, no fim das contas, o zodíaco seja apenas um espelho que os antigos penduraram no céu. Um espelho onde podemos ver, com clareza, o rosto da nossa própria evolução.
E assim seguimos, passo a passo, signo a signo, parte a parte… Transformando carne em consciência, instinto em sabedoria, e tempo… em eternidade.
Otanes Barcelos


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