Dia 11 de Novembro de 2025, o Irmão Henrique Rosalen, apresentou o trabalho abaixo no Tempo de Instrução , durante Sessão Ordinária na Loja Maçônica Alpha e Ômega.
ROMÃ NA MAÇONARIA
A romã é a fruta de uma árvore denominada romãzeira.
Nativa da Pérsia e domesticada no Irã há cerca de 2.000 anos a.C. (antes de Cristo), a romã despertou o interesse no Mediterrâneo, de onde foi distribuída a outros países, da Ásia às Américas.
A romã simboliza fertilidade, prosperidade e abundância devido ao grande número de sementes que possui. Culturalmente, também representa amor, vida após a morte, longevidade e saúde em várias tradições, como na mitologia grega, no judaísmo e no cristianismo.
O fruto é uma baga globular com uma casca que tem a consistência do couro. O interior é subdividido em vários lóbulos que contêm numerosas sementes revestidas por uma cobertura denominada sarcotesta, de polpa vermelha e suculenta.
SURGIMENTO NA MAÇONARIA
Já na maçonaria não há uma data única e específica em que a romã tenha "surgido. A incorporação deste símbolo na Ordem Maçônica está intrinsecamente ligada a referências bíblicas e históricas que são muito anteriores à maçonaria especulativa moderna.
O simbolismo da romã na maçonaria moderna, portanto, é uma herança de tradições e não um elemento criado em uma data específica. Sua origem remonta a:
O Templo de Salomão:
A principal referência vem do Templo de Salomão, um dos pilares da lenda maçônica. A Bíblia descreve que as colunas Jachin e Boaz, que ficavam no pórtico do Templo, eram adornadas com centenas de romãs.
Tradições antigas: A romã era um símbolo de fertilidade, abundância e prosperidade em muitas culturas antigas, incluindo a hebraica, por causa de suas inúmeras sementes.
1 Formação da Maçonaria Especulativa: Com a transição da maçonaria operativa (pedreiros reais) para a especulativa (sociedade filosófica), por volta do final do século XVII e início do século XVIII, esses símbolos antigos foram formalizados e integrados aos rituais e ensinamentos da Ordem.
Na Maçonaria a ROMÃ é o símbolo menos analisado na filosofia maçônica; colocada sobre os capiteis das Colunas na entrada do Templo, sempre acima do olhar físico de cada Irmão ela passa despercebida e, por isso, mais ignorada, porque “parece” que da muito trabalho olhar para cima e sondar os mais elevados ideais que a Maçonaria busca e são 3 em cada coluna.
Na Maçonaria, a romã simboliza a união, fraternidade e solidariedade entre os maçons, representados pelas sementes unidas dentro da fruta.
A casca dura simboliza o aspecto inicial inacessível da Maçonaria, enquanto as sementes representam os irmãos unidos por um ideal comum de prosperidade e beleza. A fruta também simboliza a abundância, fecundidade e a universalidade da Loja.
União e Fraternidade:
As inúmeras sementes, cada uma diferente em tamanho e formato, mas unidas firmemente, representam os maçons, que, apesar de suas individualidades, formam um corpo unido e coeso .
A membrana interna que une as sementes representa o sigilo, que preserva a união e a coesão da Loja.
Prosperidade e Abundância:
A romã é vista como um símbolo de fecundidade e prosperidade, refletindo a abundância de realizações e o sucesso da Ordem.
Acesso e Beleza Interior:
A casca dura e resistente da romã representa a Maçonaria como um espaço que pode parecer impenetrável para quem está de fora, mas que revela sua beleza e riqueza interior para aqueles que são iniciados.
Universalidade:
Cada romã pode ser vista como uma representa-çao da Loja e sua universalidade, com as sementes sendo os irmãos unidos pelo ideal comum, o que se conecta à ideia de que o número de maçons é incontável.
2 Sigilo: A pele interna que mantém as sementes unidas representa o sigilo maçônico, que é essencial para a proteção e a coesão da fraternidade, assim como o rompimento da pele da romã pode expor as sementes a pragas e deterioração.
PARTE FINAL
Assim, também é a Maçonaria, hermética e inacessível, quase impenetrável para os que a olham de longe, mas extremamente sedutora e bela para aqueles que se decidiram, a olhar pelas aberturas que ela própria lhes oferece. Estes são os escolhidos e a eles é permitido ver e viver a extraordinária beleza interior que se descortina aos iniciados. Beleza que vai aumentando na medida em que os mistérios vão sendo desvendados, com o tempo, com o polimento da pedra bruta, com engrandecimento do espírito, da mesma forma como acontece com o lento e progressivo amadurecimento da Romã, até finalmente expor seus brilhantes e delicados grãos, tal qual, pequenas pedras polidas.
Aqueles que não se deixam desanimar pelas dificuldades do acesso merecerão a oportunidade de penetrar dentro da Romã chamada MAÇONARIA.
Irmão Henrique Rosalen
FONTES DE PESQUISA: GOOGLE
ADONHIRAMITA.ORG PUBLICADA: Março de 2003 Por Carlos Ismael Raposo da Câmara Lótus Verde
JORNAL O COMPASSO Por Ernande Costa Macedo – G-33 Secretário da Academia Maçônica de Letras Ciências e Artes da Região Grapiúna (AMALCARG).
FREEMASSON.PT/a-roma-2/
Imagens da Internet




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