CONTRIBUIÇÃO DO IRMÃO RICARDO RIBEIRO DE PAIVA
O
ENGANO DA VAIDADE
“O homem, pois, em grande número de casos,é o
causador de seus próprios infortúnios; mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais
simples, menos humilhante para a sua vaidade, acusar a sorte, a Providência, a
má fortuna, a má estrela, ao passo que a má estrela é apenas a sua incúria.” (Allan
Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo V. Bem-aventurados os
Aflitos. Causas Atuais das Aflições.)
Antes
dos ensinamentos ditos modernos, os homens
das cavernas já possuíam suas cerimônias, se reuniam e documentavam nas pinturas rupetres, a alma dos animais para
prender e assim dominar a arte da caça.
A
religião ali talvez possa ter tido seu inicio,
pois era uma forma de os encorajar,
dando-lhes esperança de sobreviver naquele ambiente com aqueles meios.
Nos
tempos ditos modernos Cristo nosso
Senhor, nos trouxe diversos ensinamento, dentre os quais os conhecidos 10 mandamentos:
1°) AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS
2°) NÃO TOMAR SEU SANTO NOME EM VÃO
3°) GUARDAR DOMINGOS E FESTAS DE GUARDA
4°) HONRAR PAI E MÃE
5°) NÃO MATAR
6°) NÃO PECAR CONTRA A CASTIDADE
7°) NÃO ROUBAR
8°) NÃO LEVANTAR FALSO TESTEMUNHO
9°) NÃO DESEJAR A MULHER DO PRÓXIMO
l0°) NÃO COBIÇAR AS COISAS ALHEIAS
Quando
fomos batizados nós nos tornamos cristãos. Isso quer dizer que nós não somos
apenas amigos de Cristo, mas que estamos inseridos (fazemos parte) no seu
projeto de salvação, de restauração nos seus ensinamentos.
Sabido
por todos Jesus Cristo veio para restaurar a vida das pessoas, realizando milagres
até hoje inesplicados pra demonstrar seu poder e sua fé em seu pai.
Nós,
a exemplo de Jesus Cristo e a fim de nos salvarmos, devemos restaurar vidas, buscando primeiro a melhorar
nos mesmo, enquanto filhos do Senhor, cumprindo a tarefa de, agindo com a
consciência moral, ajudando, contribuindo
e restaurando sem que isso se transforme na mola propulsora para vaidade.
Irmãos,
quando Jesus morreu na cruz Ele realizou a salvação. Na hora de sua morte, o
sacrifício de Cristo se torna a fonte de onde brotará o perdão dos pecados
portanto, para todo pecado existe perdão, basta pedir perdão reconhecendo o
erro, mas as vezes nem isso somos
capazes de fazer, pois nos falta humildade. Quantos de nos ao invés de pedir,
pedir , pedir a cristo agradecemos o que ele nos oferece? Quantos de nós
pedimos perdão pelos nossos erros??.
Contrario
a estes ensinamentos que nos são passados, temos também os “pecados capitais”, que a experiência cristã
distinguiu seguindo João Cassiano e Gregório Magno., são chamados capitais,
porque geram outros pecados, outros vícios. Eles são:
1. Orgulho
2. Avareza
3. Inveja
4. Ira
5. Luxúria
6. Gula
7. Preguiça
Ao
lado dos 7 pecados capitais costuma-se mencionar as 7 virtudes:
1. Castidade (contra a luxúria)
2. Generosidade (contra a avareza)
3. Esperança (contra a gula)
4. Diligência (contra a preguiça)
5. Paciência (contra a ira)
6. Caridade (contra a inveja)
7. Humildade (contra o orgulho)
Apesar
de todos este ensinamentos, hoje com vida moderna, com as mudanças da humanidade,
com e variedade de religiões, com a multiplicidade de credos, línguas e formas
de vida, tenho a vaidade não citada, seja um grande erro, para não dizer
pecado, pois, no mundo atual e na sociedade que vivemos, com
tanta cultura e informação, somos o que aparentamos, fazemos e noticiamos aos
nossos pares, as vezes não o que queremos ser.
Se
alguém não gosta, não admite e não quer
tal costume, então fala mal e cria uma regra como se fosse seu pensamento o
certo, como se ele fosse o dono da razão, o Julgador.
O
ser humano não tem condições de conhecer o coração das pessoas. Uma pessoa pode
aparentar santa, mas seu coração pode estar longe de Deus. Você pode julgar e
desqualificar uma pessoa pelo seu porte e aparência exterior, pelo seu cheiro,
pela sua atitude ou até mesmo pela roupa que veste, mas pode ele ser muito bem aceito por Deus?.
“Quando Jesus entrou na casa de
Simão, o fariseu (Lc 7.36-38), uma mulher aproximou-se por detrás do Senhor,
chorando, regando-lhe os pés com suas lágrimas, enxugando-os com seus cabelos e
ungindo-os com unguento Ao ver isso, o
fariseu logo julgou a pobre mulher pela sua aparência exterior , e pela sua
reputação; como se não bastasse, disse consigo mesmo: “Se este fora profeta,
bem saberia quem é essa mulher que tocou, porque é pecadora”. Jesus então
confrontou o fariseu Simão, afirmando que este, mesmo tendo toda aparência
religiosa, estava seco por dentro (sepulcro caiado). Aquela mulher, todavia,
ainda que possuidora de uma baixa reputação era rica interiormente. A aplicação
prática daquele evento foi tremendo: “perdoados lhe são os seus muitos pecados,
porque ela muito amou; mas aquele há quem pouco se perdoa, pouco ama” (v. 7).
Irmãos
o exercício inútil de julgar uma pessoa pela sua maneira de vestir, pela sua forma
de agir, trabalhar, pensar e equivocado e danoso ao seu próprio amadurecimento
espiritual a sua evolução no plano terreno.
Contam
as historias de Chico Chavier que Manoel
Pereira, amigo de há muito anos do Chico, que em um certo tempo, um confrade de
S. Paulo foi a Pedro Leopoldo para ver o famoso Médium. Encontra-o numa esquina
de rua, no meio de muitos Irmãos do Rio e de Belo Horizonte. E, abraçando-o,
realça-lhe, em altas vozes, os dons mediúnicos, comparando-o com Anjos e
Apóstolos.
Chico
ouve-o apiedadamente, complacentemente, chorando por dentro e, numa atitude de
quem ora em silêncio para livrar-se do veneno das lisonjas, respondeu-lhe:
— Eu sou é um verdadeiro sapo, que
traz às costas uma vela acesa. Beneficia-se com a claridade mas, para a
possuir, constantemente, tem que sofrer com a cera derretida que lhe cai sobre
a pele, queimando-a, como a lhe recordar de que é preciso ANDAR com cuidado e
SEM vaidade se quiser chegar ao fim da jornada…
Os
irmãos presentes deixaram de rir e entenderam o que seja a Tarefa mediúnica a
serviço de Jesus, o que seja a busca do aperfeiçoamento espiritual.
Somos
todos iguais perante ao criador!
Somos
todos seres Humanos, sujeitos a erros e com virtudes, dons e bens que nos são
emprestados, para aprimorar nossas vidas e dos nossos irmãos!!!!
Esqueçam
as diferenças, esqueçam as capacidades laborativa temporais, esqueçam as roupas
e condições financeiras e veremos que somos todos iguais, alguns com melhores
condições que lhes são concedidas
temporariamente, talvez porque seu fardo seja maior, ou sua necessidade de
aprimoramento e resignação estejam sendo testados, mas isso , só saberemos na
hora do acerto final.
Irmãos,
cada um tem sua tarefa, cada um tem seu tempo
e deve exerce lá- ao seu modo, sem procurar louvores e ou glorias como
bem respondeu Chico Xavier ao seu amigo na historia contada do “Sapo e a vela.”
A
bíblia nos ensina a amar o próximo independente de quem seja.
Diz
também que : *Não veja tua mão direita o que faz a esquerda (Tm 3:6).
Irmãos,
mesmo os homens, mais espiritualizados, mais desenvolvidos e menos desapegados,
as vezes se perdem nesta diferença entre o plano carnal e os caminhos espirituais, baseados na compaixão
universal caindo na tentação da vaidade se esquecendo dos ensinamento já citados.
Nos
dias atuais, onde mais se fale o que se tem,
do que o que se é, devemos buscar a todo momento o enriquecimento
espiritual, com sabedoria, humildade e perseverança, pois somos o que atraímos segundo ensinamentos
encaminhados a um conhecido médium
Segundo
lhe foi passado, você nasceu no lar que precisava nascer, vestiu o corpo físico
que merecia, mora onde Deus melhor te proporcionou, de acordo com teu
adiantamento.
Você
possui o trabalho e os recursos financeiros coerentes com as tuas necessidades,
nem mais, nem menos, mas o justo para tuas lutas terrenas.
Seu
ambiente de trabalho é o que você elegeu espontaneamente para sua realização.
Teus
parentes e amigos são as almas que você mesmo atraiu, com tua própria
afinidade, portanto, seu destino esta constantemente sob teu controle.
Você
escolhe, recolhe, elege, atrai, busca, expulsa, modifica tudo aquilo que te
rodeia a existência.
Teus
pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitudes.
São
as fontes de atração e repulsão na jornada da tua vivência.
Não
reclame, nem se faça de vítima. Antes de tudo, analisa e observa, a mudança
esta em tuas mãos. (Palavras de Chico Xavier - Google)
Quem
desfruta de privilégios especiais, está automaticamente obrigado a equivalentes
responsabilidades. É a lei de equilíbrio da Natureza.
O
"não saber", por si só, tem fácil erradicação. A vaidade, porém,
quando sobreposta na ignorância, desabrocha em orgulho e blinda os canais de
entrada das novas perspectivas. Quando assim acontece, o aprendizado estanca.
Uma inteligência orgulhosa não se permite aprender mais...
Irmãos,
precisamos vigiar o ego e sua malfadada autossuficiência. Ele é vulnerável aos
apelos das sanhas concupiscentes. Um corpo submisso aos ditames de mentes
despreparadas torna-se acessível a vícios e exageros que tolhem nossas virtudes
imanentes.
Vaidade
se cura com doses regulares de humildade e gotas de conscientização... Só que o
problema não está na terapia, mas na aceitação do afetado que não consegue
enxergar a própria disfunção racional. O ser humano vive sob permanente
exposição aos malefícios da ignorância, portanto é sempre interessante uma
reflexão regular como rastreio das tolices.
Se
optarmos pela humildade, podemos refletir e mudar para melhorar nossos ideais.
Se não, seremos apenas coadjuvantes de
uma existência improdutiva e pouco inspiradora.
Para
nos ratificar, citamos Augusto Cury: "A vaidade é o caminho mais curto
para o paraíso da satisfação, porém ela é, ao mesmo tempo, o solo onde a
burrice melhor se desenvolve".
E por fim, para esclarecer, e levantar uma
reflexão sobre nossas atitudes e vaidades, sobre as poucas coisas que podemos
mudar para polir nossa pedra bruta, demonstrando que, nem mesmos os mais
aplicados, mais evoluídos, mais desenvolvidos
estão imunes a superação de usas vaidades e cegueira espiritual:
“Todos os dias um senhor de cabelos sujo e emaranhado, com forte
odor de “bebida alcoólica”postava-se em frente a um centro espírita.
Via diariamente o entra e sai de
pessoas, bem vestidas e aparentemente felizes, possuía ele uma enorme vontade de adentrar o recinto. Contudo,
envergonhado de sua situação, negado por alguns olhares ficava apenas observando...
Certo dia, porém, é colhido pela
morte do corpo físico, se transporta
para o mundo espiritual. Já sem a máquina física é levado por mentores espirituais
a reunião mediúnica no centro espírita que por tantos anos observou sem coragem
e sem convite para entrar.
Foi recebido de maneira muito
simpática pelo coordenador da reunião.
- Olá, meu irmão, seja bem vindo em nossa
casa!
Pensou ele, necessário foi haver
meu desencarne para que me dessem boas vindas, neste local que por tanto tempo
admirei?
Este
pequeno fato foi contado em uma das palestras na cidade de São Paulo é,
portanto, verídico.
Observemos
que o indivíduo precisou desencarnar para entrar no centro espírita, ou seja,
necessitou estar desencarnado para que alguém lhe desse atenção e boas vindas.
Bastaria
que algum “ousado” despido de vaidade, ousasse a convidar aquele indivíduo maltrapilho
e necessitado, a participar de alguma atividade, palestra ou reunião, naturalmente
que ele poderia declinar o convite, todavia, nunca sabemos ao certo o que
aconteceria.
Deste
fatos podemos tirar também o ensinamento
de que:
“As reuniões de atendimento aos
desencarnados em desequilíbrio terão fim quando começarmos a atender bem os
encarnados, a nos interessarmos pelas pessoas que estão por aqui, na Terra. Não
é preciso esperar o sujeito desencarnar para dedicar-lhe atenção e carinho, não
soa suas roupas e seu estado corpóreo que fazem um homem diferente ”
A
perda de vaidade, a busca de um maior entendimento espiritual, já que o corpo
que temos de nada nos servira, a tentativa de melhorar moral e espiritualmente , são portanto ferramentas
básicas para o mínimo necessário de equilíbrio, que devemos ter ante aos
desafios existenciais que se apresentam.
Fundamental fazermos o máximo que pudermos pelas pessoas
enquanto estão neste plano, sem buscar louros louvores ou glorias, tudo com humildade e sabedoria.
Entendemos
que, quanto mais proporcionarmos
condições para o equilíbrio dos homens na Terra, menos desencarnados desequilibrados teremos e,
naturalmente, menos umbrais, menos sofrimento e dores causadas pela culpa de
não ter feito o planejado antes do mergulho na carne.
Irmãos,
a vaidade sorrateiramente está quase sempre presente dentro de nós. Dela os
espíritos inferiores se servem para abrir caminhos às perturbações entre os
próprios amigos e familiares. É muito sutil a manifestação da vaidade no nosso
íntimo e não é pequeno o esforço que devemos desenvolver na vigilância, para
não sermos vítimas daquelas influências que encontram apoio nesse nosso
defeito. O perigo, no entanto, reside nos excessos e no desconhecimento das
fronteiras entre os impulsos de idealismo, por amor a uma causa nobre, e os
ímpetos de destaque pessoal, característicos da vaidade (Manual Prático do Espírita – Ney Prieto Peres).
Assumir
e praticar o desapego, saber perder, compartilhar, envelhecer, ganhar
sabedoria, serenidade, paz de espírito, são formas terrenas de se polir a pedra
bruta interior e livrar da vaidade famoso “desapego”.
António
Lobo Antunes, in "Diário de Notícias (2004)" A Vaidade e a Inveja
Desaparecem com a Idade Com o passar do tempo. A inveja é um sentimento
horrível. Ninguém sofre tanto como um invejoso. Já a vaidade faz-me pensar no
milionário Howard Hughes. Quando ele morreu, os jornalistas de todo o pais afoitos e sedentos por noticias perguntaram ao
advogado do falecido: «Quanto é que ele deixou?» O advogado respondeu: «Deixou
tudo.» Ninguém é mais pobre do que os mortos.
Irmãos,
desta vida levamos o que fazemos de bom para os outros.
Perdão
pelos meus erros fraquezas e pelas minhas vaidades.
Uberlândia,
22 de outubro de 2013.
M.:
M.: Ricardo R. Paiva
OBS. Esta é uma obra pessoal, que retrata um momento espiritual
e especial vivido pelo seu subscritor, que retirando de estudo e de leituras
formou este texto, com citações já informadas, segundo entendimento de seu subscritor.
Imagens da internet .
Um comentário:
MM.'.IIR.'.,
o trabalho nos encaminha para o campo da informação e do conhecimento, mas principalmente, nos exorta para a necessidade do desapego, da caridade e do amor ao próximo.
ninangeli
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