sábado, 2 de novembro de 2013

VAIDADE


                                              



CONTRIBUIÇÃO DO IRMÃO RICARDO RIBEIRO DE PAIVA




 O ENGANO DA VAIDADE

“O homem, pois, em grande número de casos,é o causador de seus próprios infortúnios; mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade, acusar a sorte, a Providência, a má fortuna, a má estrela, ao passo que a má estrela é apenas a sua incúria.” (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo V. Bem-aventurados os Aflitos. Causas Atuais das Aflições.)


                                               Antes dos ensinamentos ditos modernos, os  homens das cavernas já possuíam suas cerimônias, se reuniam e  documentavam nas  pinturas rupetres, a alma dos animais para prender e assim dominar a arte da caça.


                                               A religião ali talvez possa ter tido seu  inicio, pois era uma forma de os  encorajar, dando-lhes esperança de sobreviver naquele ambiente com aqueles meios.


                                               Nos tempos ditos modernos  Cristo nosso Senhor, nos trouxe diversos ensinamento, dentre os quais os conhecidos 10 mandamentos:

1°) AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS
2°) NÃO TOMAR SEU SANTO NOME EM VÃO
3°) GUARDAR DOMINGOS E FESTAS DE GUARDA
4°) HONRAR PAI E MÃE
5°) NÃO MATAR
6°) NÃO PECAR CONTRA A CASTIDADE
7°) NÃO ROUBAR
8°) NÃO LEVANTAR FALSO TESTEMUNHO
9°) NÃO DESEJAR A MULHER DO PRÓXIMO
l0°) NÃO COBIÇAR AS COISAS ALHEIAS
                                               Quando fomos batizados nós nos tornamos cristãos. Isso quer dizer que nós não somos apenas amigos de Cristo, mas que estamos inseridos (fazemos parte) no seu projeto de salvação, de restauração nos seus ensinamentos.
                                               Sabido por todos Jesus Cristo veio para restaurar a vida das pessoas, realizando milagres até hoje inesplicados pra demonstrar seu poder e sua fé em seu pai.
                                               Nós, a exemplo de Jesus Cristo e a fim de nos salvarmos,  devemos  restaurar vidas, buscando primeiro a melhorar nos mesmo, enquanto filhos do Senhor, cumprindo a tarefa de, agindo com a consciência moral, ajudando, contribuindo  e restaurando sem que isso se transforme na mola propulsora para vaidade.

                                               Irmãos, quando Jesus morreu na cruz Ele realizou a salvação. Na hora de sua morte, o sacrifício de Cristo se torna a fonte de onde brotará o perdão dos pecados portanto, para todo pecado existe perdão, basta pedir perdão reconhecendo o erro, mas as vezes  nem isso somos capazes de fazer, pois nos falta humildade. Quantos de nos ao invés de pedir, pedir , pedir a cristo agradecemos o que ele nos oferece? Quantos de nós pedimos perdão pelos nossos erros??.

                                               Contrario a estes ensinamentos que nos são passados, temos também os  “pecados capitais”, que a experiência cristã distinguiu seguindo João Cassiano e Gregório Magno., são chamados capitais, porque geram outros pecados, outros vícios. Eles são:
1. Orgulho
2. Avareza
3. Inveja
4. Ira
5. Luxúria
6. Gula
7. Preguiça

                                               Ao lado dos 7 pecados capitais costuma-se mencionar as 7 virtudes:
1. Castidade (contra a luxúria)
2. Generosidade (contra a avareza)
3. Esperança (contra a gula)
4. Diligência (contra a preguiça)
5. Paciência (contra a ira)
6. Caridade (contra a inveja)
7. Humildade (contra o orgulho)

                                               Apesar de todos este ensinamentos, hoje com vida moderna, com as mudanças da humanidade, com e variedade de religiões, com a multiplicidade de credos, línguas e formas de vida, tenho a vaidade não citada, seja um grande erro, para não dizer pecado,  pois, no  mundo atual e na sociedade que vivemos, com tanta cultura e informação, somos o que aparentamos, fazemos e noticiamos aos nossos pares, as vezes não o que queremos ser.

                                               Se alguém não gosta, não admite  e não quer tal costume, então fala mal e cria uma regra como se fosse seu pensamento o certo, como se ele fosse o dono da razão, o Julgador.

                                               O ser humano não tem condições de conhecer o coração das pessoas. Uma pessoa pode aparentar santa, mas seu coração pode estar longe de Deus. Você pode julgar e desqualificar uma pessoa pelo seu porte e aparência exterior, pelo seu cheiro, pela sua atitude ou até mesmo pela roupa que veste,  mas pode ele ser muito bem aceito por Deus?.
“Quando Jesus entrou na casa de Simão, o fariseu (Lc 7.36-38), uma mulher aproximou-se por detrás do Senhor, chorando, regando-lhe os pés com suas lágrimas, enxugando-os com seus cabelos e ungindo-os com unguento  Ao ver isso, o fariseu logo julgou a pobre mulher pela sua aparência exterior , e pela sua reputação; como se não bastasse, disse consigo mesmo: “Se este fora profeta, bem saberia quem é essa mulher que tocou, porque é pecadora”. Jesus então confrontou o fariseu Simão, afirmando que este, mesmo tendo toda aparência religiosa, estava seco por dentro (sepulcro caiado). Aquela mulher, todavia, ainda que possuidora de uma baixa reputação era rica interiormente. A aplicação prática daquele evento foi tremendo: “perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou; mas aquele há quem pouco se perdoa, pouco ama” (v. 7).
                                               Irmãos o exercício inútil de julgar uma pessoa pela sua maneira de vestir, pela sua forma de agir, trabalhar, pensar e equivocado e danoso ao seu próprio amadurecimento espiritual a sua evolução no plano terreno.

                                               Contam as historias de Chico Chavier que  Manoel Pereira, amigo de há muito anos do Chico, que em um certo tempo, um confrade de S. Paulo foi a Pedro Leopoldo para ver o famoso Médium. Encontra-o numa esquina de rua, no meio de muitos Irmãos do Rio e de Belo Horizonte. E, abraçando-o, realça-lhe, em altas vozes, os dons mediúnicos, comparando-o com Anjos e Apóstolos.

                                               Chico ouve-o apiedadamente, complacentemente, chorando por dentro e, numa atitude de quem ora em silêncio para livrar-se do veneno das lisonjas,  respondeu-lhe:

— Eu sou é um verdadeiro sapo, que traz às costas uma vela acesa. Beneficia-se com a claridade mas, para a possuir, constantemente, tem que sofrer com a cera derretida que lhe cai sobre a pele, queimando-a, como a lhe recordar de que é preciso ANDAR com cuidado e SEM vaidade se quiser chegar ao fim da jornada…

                                               Os irmãos presentes deixaram de rir e entenderam o que seja a Tarefa mediúnica a serviço de Jesus, o que seja a busca do aperfeiçoamento espiritual.

                                               Somos todos iguais perante ao criador!

                                               Somos todos seres Humanos, sujeitos a erros e com virtudes, dons e bens que nos são emprestados, para aprimorar nossas vidas e dos nossos irmãos!!!!

                                               Esqueçam as diferenças, esqueçam as capacidades laborativa temporais, esqueçam as roupas e condições financeiras e veremos que somos todos iguais, alguns com melhores condições que lhes são  concedidas temporariamente, talvez porque seu fardo seja maior, ou sua necessidade de aprimoramento e resignação estejam sendo testados, mas isso , só saberemos na hora do acerto final.
                                               Irmãos, cada um tem sua tarefa, cada um tem seu tempo  e deve exerce lá- ao seu modo, sem procurar louvores e ou glorias como bem respondeu Chico Xavier ao seu amigo na historia contada do “Sapo e a vela.”
                                               A bíblia nos ensina a amar o próximo independente de quem seja.

                                               Diz também que : *Não veja tua mão direita o que faz a esquerda (Tm 3:6).
                                               Irmãos, mesmo os homens, mais espiritualizados, mais desenvolvidos e menos desapegados, as vezes se perdem nesta diferença entre o plano carnal e os  caminhos espirituais, baseados na compaixão universal caindo na tentação da vaidade se esquecendo dos ensinamento já citados.

                                               Nos dias atuais, onde mais se fale o que se tem,  do que o que se é, devemos buscar a todo momento o enriquecimento espiritual, com sabedoria, humildade e perseverança, pois  somos o que atraímos segundo ensinamentos encaminhados a um conhecido médium
                                               Segundo lhe foi passado, você nasceu no lar que precisava nascer, vestiu o corpo físico que merecia, mora onde Deus melhor te proporcionou, de acordo com teu adiantamento.
                                               Você possui o trabalho e os recursos financeiros coerentes com as tuas necessidades, nem mais, nem menos, mas o justo para tuas lutas terrenas.
                                               Seu ambiente de trabalho é o que você elegeu espontaneamente para sua realização.
                                               Teus parentes e amigos são as almas que você mesmo atraiu, com tua própria afinidade, portanto, seu destino esta constantemente sob teu controle.
                                               Você escolhe, recolhe, elege, atrai, busca, expulsa, modifica tudo aquilo que te rodeia a existência.
                                               Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitudes.
                                               São as fontes de atração e repulsão na jornada da tua vivência.
                                               Não reclame, nem se faça de vítima. Antes de tudo, analisa e observa, a mudança esta em tuas mãos. (Palavras de Chico Xavier - Google)
                                               Reprograma tua meta, busca o bem e você viverá melhor.
                                               Quem desfruta de privilégios especiais, está automaticamente obrigado a equivalentes responsabilidades. É a lei de equilíbrio da Natureza.
                                               O "não saber", por si só, tem fácil erradicação. A vaidade, porém, quando sobreposta na ignorância, desabrocha em orgulho e blinda os canais de entrada das novas perspectivas. Quando assim acontece, o aprendizado estanca. Uma inteligência orgulhosa não se permite aprender mais...
                                               Irmãos, precisamos vigiar o ego e sua malfadada autossuficiência. Ele é vulnerável aos apelos das sanhas concupiscentes. Um corpo submisso aos ditames de mentes despreparadas torna-se acessível a vícios e exageros que tolhem nossas virtudes imanentes.
                                               Vaidade se cura com doses regulares de humildade e gotas de conscientização... Só que o problema não está na terapia, mas na aceitação do afetado que não consegue enxergar a própria disfunção racional. O ser humano vive sob permanente exposição aos malefícios da ignorância, portanto é sempre interessante uma reflexão regular como rastreio das tolices.
                                               Se optarmos pela humildade, podemos refletir e mudar para melhorar nossos ideais. Se não, seremos  apenas coadjuvantes de uma existência improdutiva e pouco inspiradora.
                                               Para nos ratificar, citamos Augusto Cury: "A vaidade é o caminho mais curto para o paraíso da satisfação, porém ela é, ao mesmo tempo, o solo onde a burrice melhor se desenvolve".
                                                E por fim, para esclarecer, e levantar uma reflexão sobre nossas atitudes e vaidades, sobre as poucas coisas que podemos mudar para polir nossa pedra bruta, demonstrando que, nem mesmos os mais aplicados, mais evoluídos, mais desenvolvidos  estão imunes a superação de usas vaidades e cegueira espiritual:

“Todos os dias um  senhor de cabelos sujo e emaranhado, com forte odor de “bebida alcoólica”postava-se em frente a um  centro espírita.
Via diariamente o entra e sai de pessoas, bem vestidas e aparentemente felizes, possuía ele uma  enorme vontade de adentrar o recinto. Contudo, envergonhado de sua situação, negado por alguns olhares  ficava apenas observando...
Certo dia, porém, é colhido pela morte do corpo físico, se  transporta para o mundo espiritual. Já sem a máquina física é levado por mentores espirituais a reunião mediúnica no centro espírita que por tantos anos observou sem coragem e sem convite para  entrar.
Foi recebido de maneira muito simpática pelo coordenador da reunião.
 - Olá, meu irmão, seja bem vindo em nossa casa!
Pensou ele, necessário foi haver meu desencarne para que me dessem boas vindas, neste local que por tanto tempo admirei?
                                               Este pequeno fato foi contado em uma das palestras na cidade de São Paulo é, portanto, verídico.
                                               Observemos que o indivíduo precisou desencarnar para entrar no centro espírita, ou seja, necessitou estar desencarnado para que alguém lhe desse atenção e boas vindas.
                                               Bastaria que algum “ousado” despido de vaidade, ousasse a convidar aquele indivíduo maltrapilho e necessitado, a participar de alguma atividade, palestra ou reunião, naturalmente que ele poderia declinar o convite, todavia, nunca sabemos ao certo o que aconteceria.
                                               Deste fatos  podemos tirar também o ensinamento de que:
“As reuniões de atendimento aos desencarnados em desequilíbrio terão fim quando começarmos a atender bem os encarnados, a nos interessarmos pelas pessoas que estão por aqui, na Terra. Não é preciso esperar o sujeito desencarnar para dedicar-lhe atenção e carinho, não soa suas roupas e seu estado corpóreo que fazem um homem diferente ”
                                               A perda de vaidade, a busca de um maior entendimento espiritual, já que o corpo que temos de nada nos servira, a tentativa de melhorar  moral e espiritualmente , são portanto ferramentas básicas para o mínimo necessário de equilíbrio, que devemos ter ante aos desafios existenciais que se apresentam.
                                               Fundamental  fazermos o máximo que pudermos pelas pessoas enquanto estão neste plano, sem buscar louros louvores  ou glorias, tudo  com humildade e sabedoria.
                                               Entendemos que, quanto  mais proporcionarmos condições para o equilíbrio dos homens na Terra,  menos desencarnados desequilibrados teremos e, naturalmente, menos umbrais, menos sofrimento e dores causadas pela culpa de não ter feito o planejado antes do mergulho na carne.
                                               Irmãos, a vaidade sorrateiramente está quase sempre presente dentro de nós. Dela os espíritos inferiores se servem para abrir caminhos às perturbações entre os próprios amigos e familiares. É muito sutil a manifestação da vaidade no nosso íntimo e não é pequeno o esforço que devemos desenvolver na vigilância, para não sermos vítimas daquelas influências que encontram apoio nesse nosso defeito. O perigo, no entanto, reside nos excessos e no desconhecimento das fronteiras entre os impulsos de idealismo, por amor a uma causa nobre, e os ímpetos de destaque pessoal, característicos da vaidade (Manual Prático do Espírita – Ney Prieto Peres).
                                               Assumir e praticar o desapego, saber perder, compartilhar, envelhecer, ganhar sabedoria, serenidade, paz de espírito, são formas terrenas de se polir a pedra bruta interior e livrar da vaidade famoso “desapego”.
                                               António Lobo Antunes, in "Diário de Notícias (2004)" A Vaidade e a Inveja Desaparecem com a Idade Com o passar do tempo. A inveja é um sentimento horrível. Ninguém sofre tanto como um invejoso. Já a vaidade faz-me pensar no milionário Howard Hughes. Quando ele morreu, os jornalistas de todo o pais  afoitos e sedentos por noticias perguntaram ao advogado do falecido: «Quanto é que ele deixou?» O advogado respondeu: «Deixou tudo.» Ninguém é mais pobre do que os mortos.
                                               Irmãos, desta vida levamos o que fazemos de bom para os outros.
                                               Perdão pelos meus erros fraquezas e pelas minhas vaidades.

                                               Uberlândia, 22 de outubro de 2013.

                                               M.: M.: Ricardo R. Paiva


OBS. Esta é uma obra pessoal, que retrata um momento espiritual e especial vivido pelo seu subscritor, que retirando de estudo e de leituras formou este texto, com citações já informadas, segundo entendimento de seu  subscritor. 

Imagens da internet .

Um comentário:

Anônimo disse...

MM.'.IIR.'.,
o trabalho nos encaminha para o campo da informação e do conhecimento, mas principalmente, nos exorta para a necessidade do desapego, da caridade e do amor ao próximo.
ninangeli